ooooo happy day

Já pensei em matar Cruela várias vezes. Motivo não faltou. Motivo fútil, pra variar. Tudo isso pq eu já me expus demais, mas tbém não pensem que tudo que escrevo aqui é verdade. Na verdade, a verdade é apenas um aspecto contingencial e, portanto, irreal. A verdade é totalmente empírica. Um fato é um fato. A interpretação do fato é subjetiva.
Mas enfim...dormi pouquíssimo esta noite. Como em todas as outras. Se há alguém que não segue o modelo operacional humano, sou eu.
Parei de me preocupar com o fato de não dormir - desde que tenha meus anestésicos ao lado. Mas eles não me descansam e ferram com minha memória. Mas tirar, de vez, nunca. Então dizer que parei de me preocupar com o meu sono é uma meia verdade. O fato, tangível e comprovado, é que sinto um sono insuportável na hora em que o William Bonner começa a falar. Aí desmaio e acordo somente lá pelas 23h. Pronta para um novo dia que inicia neste horário e vai até quando estiver perto de levantar de verdade.

Ontem me dei conta que deveria estar no mesmo voo daqueles bandidos perigosos que não sabiam onde parar. Engraçado que avião de gente ruim não cai, não dá pane, co-piloto não tira a mão do manche, passarinho não entra na turbina e nada de ruim acontece...Ahhhh, mas eu devia estar neste voo porque me dei conta que sou uma pessoa totalmente fora-da-lei, em período de reabilitação (acho esta palavra tão decente), é claro. Minha carteira de motorista está presa (já marquei a reciclagem e, ohhh!, o que estou fazendo com a minha vida pra ficar presa assistindo um blablabla burocrático inútil durante um final de semana inteiro?)...mas td bem, prometi aos meus amigos Renato e Daniel. A Receita Federal avisou que estou com problemas no meu CPF e por isso não consegui comprar as passagens pro Canastra viajar pra BH. Quero acreditar que é porque não voto e nem justifico há 3 eleições...Não sou uma cidadã. Sou quase uma pessoa sem pátria. Pra me tornar gente de verdade (o que é outra mentira), tenho que passar por um processo criminal no TSE.
Pra finalizar: estou muito feliz hoje. Vi um passarinho azul e a Shirley Temple. Estou morrendo de saudades do Renatinho e Dani. Não sei se aguento até setembro pra vê-los. Quero assistir outro show do Tonho, logo. Quero apertar muito a minha afilhada, Roberta. Ela é minha luz, estrela e luar...manhã de sol...e quero que tudo mais vá pro Inferno!!!!!!!!!!!

Bagagem

Tá difícil suportar esse inverno. Chove tanto, e o frio está tão intenso que minha pele está melada e fria como a de um sapo.
A chuva não cessa. Pensei em construir uma arca. Ou comprar um iate num consórcio. Qq coisa eu dou minha casa como lance e saio navegando. Teria que escolher 20 pessoas pra colocar dentro. Eu estou adaptando o roteiro original. É uma adaptação livre. Terei que ter 2 cabines separadas para os pares de cães que brigam. Loló e Platão são gente como a gente e portanto não tem problema. E Xantipa, minha gata? Mando colocar telas de proteção pra evitar qq situação inconveniente. É essencial que entre estes escolhidos tenhamos um médico, um dentista, uma boa cozinheira e uma faxineira. Tbém uma mesa de jogos e algumas maquininhas caça-níqueis. Ah! uma geladeira da Coca-Cola, uma máquina de Nescafé e conexão wireless. Pensando bem vou incluir uma massagista e a minha esteticista. A manicure tbém é um item importante. Ah! e o rapaz da tinturaria...Ok, ok...meus cds e livros, cartão de crédito e as fotos dos meus pais.
Somente o essencial.

Poliamor

Você que é super antenado e lê qualquer bobagem que cai no seu colo, já deve ter ouvido falar em poliamor...
Há 2 correntes sobre o tema. Aquela que enrola, disserta e no final arranja justificativas para o chamado casamento aberto e outra, que se apega no contexto psicológico da questão, suas implicações e desdobramentos.
O tema tbém não é novo. Deve existir desde sempre. Ou desde que Adão e Eva resolveram comer do fruto proibido e inventaram o estranho-próximo chamado vizinho.
É daí que surgiu o ditado "a grama do vizinho é mais verde"...enfim...
Poliamor no significado mais platônico, é o amor Frankestein, feito de pedacinhos de várias pessoas.
Não é possível que o ser amado venha sob medida. Então, como estratégia de sobrevivência neste mundo virtualmente horizontalizado e distante, tornamo-nos próximos de gente muito longe e distantes de gente muito perto, simplesmente pq gosto de conversar com o Zé, mas me divirto saindo com o Rafa, enquanto cumplicidade de segredos tenho mesmo com o D., embora sinta atração imensa pelo T. É isso e para nisso. Mas o fato de o T. provocar taquicardia no meu peito não faz com que eu fique cega aos encantos do C. e, invariavelmente, caia em tentação. Muitos. Muitos e nenhum. E por mais que eu conseguisse ter um namoro sério e apaixonado com T e por conta disso meu tempo estivesse mais dedicado a ele, sempre existirão coisas que somente D., q é meu amigo e irmão, poderiam ouvir, pois quando eu supostamente terminar a futura relação com T., D. ainda e sempre existirá. E T., no entanto, nem sequer pode sonhar em sentir ciúmes de D., pois a relação com D. é fraternal e, portanto, mais forte que a mera carne. Entenderam? E ao longo da vida vão surgindo outras letras neste alfabeto amoroso. O fato de uma se tornar mais importante que a outra é o encaixe entre o que se busca e o que ela pode oferecer. É difícil esta sintonia, mas existe.
Eu, por alguma razão despejada em meu porão, procuro transformar todas as letras em amigos. Minha experiência de vida deu-me amostras que estas coisas do amor não dão muito certo comigo. Ou pelo menos não são feitas para serem eternas. Que seja eterno enquanto dure, como disse V.M., e como um amigo é situação incondicional e todo o amor de uma vida pode se transformar no seu maior inimigo, adotei a estratégia de transformar todos os possíveis "prospects" em amigos.
Eu não pretendo ter 1 milhão de amigos como RC, mas já estou chegando perto disso. Apesar de detestar a popularidade. Pq? Pq toda unanimidade é burra, já dizia NR.
E como sempre diz meu caro amigo D, por que vc resolveu pensar nisso agora???