27 de fev. de 2009

tudo igual


- ...como está o Aurélio?
- ... o quadro está estável. É um prognóstico muito reservado.
- ele comeu? tomou água?
- não.
- teve nova insuficiência respiratória?
- não. Ele está sendo medicado e como está quietinho, sem sair da casinha, isso ajuda.
- e o edema?
- ...uma nova radiografia e o abdômen continua edemaciado, com ruptura do diafragma e deslocamento do fígado. Esse quadro é agudo, causado provavelmente por trauma (queda, batida e etc). Estamos esperando ele estabilizar ainda mais para poder realizar a punção de líquido. Só isso poderá trazer alguma melhora, ms eu lembro que o prognóstico é "reservado"...
- ...ai não dr. Eu não guento mais. Por favor...Posso visitá-lo?
- ...é melhor não porque ele vai ficar ansioso e isso pode provocar a insuficiência...
- ... fala isso pra ele então, tá? Fala que eu liguei e não posso ir, mas tô esperando ele aqui. Ele entende, o senhor sabe... Jura que fala? Mesmo? então tá...eu ligo mais tarde...

26 de fev. de 2009

Sem graça nenhuma

Hoje não tem graça nenhuma. Nem tem continuação de historinha. A não ser que o Aurélio melhore. Ela chegou a conclusão que seu emocional não está mais pra isso. Se pudesse voltar no tempo, como geralmente ocorre a quem viveu tempo suficiente pra querer voltar atrás, não amoleceria ao 1o olhar.
Quem gosta muito, sofre demais, é óbvio. Quem gosta muito de bicho, sofre duas vezes: uma vez, que é naturalmente. A segunda, que é porque as outras pessoas não entendem.

Marco Aurélio, Aurelinho ou "Lelinhooo!!!" é seu gato amarelo de 10 anos. Ou 9. Ele não é um gato velho. E nem ela o ama como se ele fosse um gato, um velho, ou um gato velho.
Ela o ama como ama as coisas que ama demais. Passou a noite toda dormindo com ele. Não que isso fosse incomum (quem tem gatos sabe o quanto são carinhosos), mas o que faz de Aurélio especial, é o fato dele pensar que é um cão. Como Loló e Platão. Só isso explica o fato dele seguir a dona por todos os lugares, responder prontamente e morrer de ciúmes dos cachorros da casa. Todos dizem: nunca vi um gato tão apaixonado.

Como ele estava esquisitinho e se enfiou por baixo da cama, ela resolveu, solidariamente, dormir no chão, ao lado do gato, quase embaixo da cama também (coisa que não fez porque não caberia mas, sobretudo, porque é claustrofóbica). O gato continuou apático e ela deixou o hábito de lado e levou-o ao veterinário logo cedo.
Que mau pedaço...O gato está ruinzinho. É coisa recente. Dr. Humberto quis interná-lo. Após conversar longamente com a dona, Lelinho cedeu. A dona já sabe que nestes casos não adianta ficar parada, esperando - já fez muito isso. E resolveu fazer o que tinha que ser feito. E já estava combinado antes com outras pessoas, porque, afinal, ninguém tem nada com isso.
Por isso não está pra graças hoje. Num momento de pausa contou-me o que aqui relato. Talvez o fato de contar ao blog, a distraia um pouco, enquanto espera mais um tantinho pra sair. E enquanto isso, espera poder visitar o gato antes que o dr. Humberto telefone.
Mas seu coração está na mão.

Intervalo Comercial

Sim amiguinhos. A história da cartomante está ótima, mas continua amanhã.
É que amanhã, pra quem acompanha alguma coisa dessa coisa que eu chamo de minha vida de cachorro, sabe que amanhã é aniversário da Fernanda.
Mas não sabem que eu e minha boca grande, combinamos de encontrar outra amiga na hora do almoço, pra decorar o boteco ridiculamente de um tema muito irritante: "Aniversário da Barbie". Se a Fernanda fosse meiguinha, educadinha e patricinha, não teria a menor graça. Mas ela não é nada disso e ainda odeia rosa. Então, vamos carregar nos pinks. Mas voltando... o problema é que esta que vos fala marcou um almoço no mesmo horário.
E agora? Quem merecerá o cano final?


E como parte do dia agitado que será amanhã por conta de outras "millcoisas", creio que este conteúdo só será alimentado daqui a, no mínimo, 24 léguas.

Não percam a deprimente situação de Monna. As revelações de Lisa. E enfim! A cartomante é quentefervendo ou não??? Hã? E o que significa aquele deutsch todo? Emoção, pieguice, cafonice é o que não falta nesta incrível trama.
(obs: ocorreu-me agora que o dia de amanhã não traga nada muito trash, que tire minha atenção do tema de hoje e eu esqueça pra sempre. Somos hiperativos, afinal. E é normal voar, voar, subir, subir... ir por onde for...)

Traz a pessoa amada em 3 dias

(título original: A cartomante – desculpe Machado de Assis, mas o título do cd do canastra é ótimo mesmo. E agora o Dani é um dos. E isso é "muito que melhor" para o mundo todo.)

Atenção: este texto é confuso. Se você é cabeça-dura, leia. Se você não for, também leia. E se você tiver o que fazer, não faça. Fique aqui.

Lá foram as duas atrás da cartomante. Monna, cheia de falsa resiliência; Lisa, repleta de falsa fé.
Lisa saiu atrasada (pra variar). Fez que foi, não foi, esqueceu alguma coisa, voltou e saiu correndo, a querer recuperar o tal atraso, como se isso fosse possível - o tempo, uma vez perdido, não volta mais. É impiedoso e não oferece segunda chance.

Enquanto corria como louca, costurando e reduzindo a fim de enganar os milhões de radares que ela mesma pensava ter ajudado a instalar (tantas as multas já levadas por excesso de velocidade), lembrou que havia esquecido o papelzinho onde anotara o endereço. A única coisa que sabia era: ao lado do motel Floresta (e que na frente da casa, havia uma plaquinha..."traz a pessoa amada em 3 dias"...)

Foi com a amiga rumo àquela viagem que poderia mudar sua vida, seu destino. Sentiu-se um pouco Homero na Odisséia, em sua versão feminina.
O relógio a encarava descaradamente. Ainda no horário de verão ousava enfrentá-la. Só para lembra-la que faltavam apenas 5 minutos! Tinha somente 5 minutos pra chegar ao lugar, e nem sabia onde estava. Cruzou o viaduto sob a BR. Ao acender das luzes, estaria novamente na China? O lugar mais parecia um daqueles bairros sem geografia, arquitetura e ainda aquém da colonização. Mas era ali.

Monna perguntou: - qual a rua?
- A rua cruzava com esta em algum ponto, disse Lisa.
- Que ponto?
- Não sei...
- Como não sei?
- Hããã... esqueci o papelzinho, he-he-he...
- O que? De novo a gente saindo no escuro? E agora?
- Calma. Eu já deixei você na mão? Então. Eu tenho um ponto de referência.
- Então perguntaaaa!
- Calma , não, calma. É um motel.
- O que? A cartomante atende num motel??? Você tá louca?
- Não, o "ponto de referência" é um motel. Por isso tô evitando perguntar. Nós duas aqui sabe comééé...

Monna, despachada: pergunta pra qualquer um!!! Para aí, eu pergunto, eu falo.
- Quê? Olha isso aí! É uma igreja de fanáticos. Quer que a gente seja pendurada de cabeça pra baixo na fogueira??? Mas que droga, você reparou que tudo que é cartomante mora em lugar escondido??? ...Essas duas aí. Vou perguntar pra elas. Oi, tudo bem?, então, vocês (câmera fecha no imenso sorriso amarelo) sabem onde fica o Motel Floresta? Mas não é pra gente não tá???
A moça riu. E elas se perguntaram... ela tá rindo porque é engraçado (não, pq não tem graça nenhuma, e se ela estiver rindo disso, é muito boba, e quem é muito boba...) ou porque parecemos 2 lésbicas mentirosas?

Lisa, após a explicação errada da moça e após subir e descer a mesma rua diversas vezes, caiu, enfim, numa rua sem fim. Todos os lugares e pessoas pareciam suspeitos para perguntar onde era o tal motel. Um velho, um moço, uma caixa e um grupo de seminaristas. Essa configuração de tela era decente.
- Oi moço, vc... vc...conhece... a gente precisa ir num lugar perto do Motel Floresta...
- Onde?
- Num sei. Vc conhece?
- Mas onde é?
Lisa pensou: esse cara aí nunca vai saber quem é a Bruxa do 71 ...
- É na casa da Bruxa do 71.
- A vidente??? Vocês vão na vidente???

Fade-out para o cenário do programa Sílvio Santos. Sílvio pergunta:
E vocês, Monna e Lisa, vieram da caravana de onde?
Corta.
Volta para a cena da rua. O moço decente, o velho honesto, a caixa sincera e todos os seminaristas desconcertados olham para Monna e Lisa.
Neste momento Lisa teve vontande de desistir. Segurou-se para não rir. Uma imensa vontade de rir na cara do homem. A situação era patética. Sentiu o grupo de rapazes, a caixa e o velho radiografarem seu carro. As rodas do seu carro. Seu rosto novamente. Imaginou que até a cor de sua calcinha seriam capazes de adivinhar.

Locução em off (Tony Ramos): O que duas mulheres desesperadas querem da Bruxa do 71 na tarde de uma quarta-feira de cinzas???
Monna pensou em silêncio que eles podiam ser parte do esquema da tal cartomante. Informantes.
Corta.

O carro chega ao número indicado.
As amigas descem do carro. Olham para a casa e a plaquinha "Traz a pessoa amada em 3 dias" e dizem:
- Pelas barbas do profeta! Esta senhoura sabe o que diz. Olha este sítio, ó pá.
Estavam acostumadas, como todas as mulheres curiosas que um dia recorrem às suposições adivinhatórias alheias, a encontrar cartomantes em casinhas bagunçadas, marrons, com vasos de plantas diferentes, plantados em latas e velhos baldes, de onde surgiam cachorros que pareciam ter acabado de sair de alguma centrífuga gigante, com os pelos muito grudados. Às vezes criancinhas pequenas e sujas, chorosas e de chupeta na boca acompanhavam os cães. Na mão, pirulitos que faziam cabelo, mão e chupeta, coisas muito unidas.

Quem atendeu a porta foi a própria dona Frida...
Espanto geral! A adivinhadora carregava um pseudo-nome latino numa pessoa totalmente germânica. Esperavam, além disso, a quiromante de sempre: seios muito grandes e caídos, uma blusa meio branca, meio suja, meio cinza. Lenço no cabelo. Pele enrugada meio marrom. Olhos grandes de jabuticabas maduras. Mas que nada!!! A dona era muito loira, muito magra, muito alta, muito vestida e muito educada. Pronunciava as palavras com um erre, soando ao som de guê. Lisa lamentou ter esquecido, justamente naquele dia, seu Duden Handbook, mas não pode deixar de achar tudo muito sinistro e lembrou que possuía Der Stoff ist von guter Qualität, aber nicht billig, assim, antes de entrar, olhou para D. Frida e disse:
- Heute geht es nicht, aber morgen.
- Doch, das hat sie aber gesagt.
- Das dauert aber lange!
- Können Sie das für mich erledigen? - Aber gern! Nicht war???

Como que hipnotizada pelo que acabara de ouvir de Frida, Lisa perdeu-se em seus pensamentos, enquanto D. Frida, hipnotizada pelo que ouvira de Lisa, abriu os braços e os ofereceu como caloroso abraço - recebido pela resiliente como alento, e pela de fé caduca, como suspeito...
A chave para aquela última e bizarra frase só seria descoberta muitas horas depois...

- Alsdann, quem vai prrimeigo???
As duas se olharam...
Lisa batia em retirada quando a outra perguntou: tem problema entrarmos juntas?
- Neinnnn, problem keinen, nein,nein...
- Mas não tem aquela coisa da minha energia influenciar a energia dela e misturar todas as freqüências energéticas entrantes e errantes das cartas? Hum? Mal tinha acabado de falar, Lisa já pensava: como eu falei isso??? Minha boca tem vida própria. Não fui eu-não fui eu.

D. Frida: oh, nein, mein gott, que imaginaçon...Se as duas não tem “segedos...”
- Não, aqui ninguém tem segredo com ninguém, respondeu Monna...
Não??? Se ela for boa mesmo, vai saber que é segredo e não vai contar. Então, dane-se...pensou Lisa.

E entraram.

Ao contrário do que gostaria Da Vinci, foi Lisa a 1ª e Monna a 2ª. Logo que abriu as cartas, D. Frida olhou para Lisa apavorada e disse:
- mein gott!!! Nein, nein...

Continua...

24 de fev. de 2009

tô no arame

sem forças. só 10, 20 minutinhos... se existisse teletransporte...
será que é porque eu não falei nada raso ou profundo com o dani?

nossa. que cansaço.

23 de fev. de 2009

recado de anjo

recado que o horácio deixou no meu msn hoje:

os anjos se manifestam através de amigos sinceros

pra mim, este é o tipo de coisa que vale mais que qq ouro.

dani

sim! nós, blogueiros da marginalidade
temos que nos unir, incentivar, provocar e ...
como o dani fez agora comigo no seu blog, que também é mural de recados, e por conta disso "está me livrando" de esquecer algo muy importante (por conta de seu blog, por conta do recado e porque eu não consigo "não" entrar no blog dele. Isso virou um hábito. Ou um vício.)
aproveitando a idéia do dani, aviso à Carmen:

- srta. strobel, (ixi, dei nome e sobrenome! agora é só ligar os pontos?) hj à noite, após ter se matado naquela trilha e saciado sua curiosidade sobre leituras inúteis aqui, clique neste link: http://www.dque.blogspot.com/ q é do Daniel Vasques.
o blog dele é muito mais útil que o meu. vai de música e suas matemáticas estranhas até astronomia, e futebol americano. e agora também oferece o serviço de "mural de recados", o que é garantia de audiência entre pelo menos "eu" e mais 10 seguidores (fora os "circulantes e curiosos" que a gente sabe que entram mas não se identificam e nada falam).

Imensamente grata e acompanhada de imensa preguiça e um pequeno cachorro, parto em busca de companhia e diversão mundanas, agora com a consciência tranquila após ter ligado ao Ray e nada resolvido (telefone fora da área de cobertura...torpedos de segurança - caso dê td errado e eu tenha que provar antes de ser morta...). será que o dito cujo está onde eu estou? Não... não vejo ninguém razoavelmente normal em volta...
pati e loló

dias melhores virão...

lembrei de uma coisa.
amanhã não tem como escapar da estância.
curioso como todo mundo quer ir pra lá no meu lugar. e o que eu fico + p.... da cara, é neguinho se escalando pra me visitar, lááá
por que não aqui? na minha casa?
por que lá? pra atrapalhar meu dia, minhas atividades (td bem, eu não sou das que fazem td o que deve ser feito... mas eu tenho outro metabolismo porrrrrrr...)
e tem o fato de eu não fazer dieta e ter que me policiar pra não cair na mesa dos gordinhos.
éeeeeeee... a mesa dos gordinhos é terrível.

eles ficam de olho no que você - que não está de dieta - come.
se você deixa resto no prato, eles atacam despudoradamente. juro. não deixam voltar nada pra cozinha. já me roubaram batatas, frango... qq coisa...e aí a nutricionista vem perguntar como aquela batata, que é sua, foi parar na boca do gordinho!!!! eu acho que nessa ocasião eles perdem a higiene também. porque pegam coisas do prato de pessoas que nunca viram. vai ver que é por isso que são gordinhos.
enfim, durante td e qq refeição - que são 6!!! - é aquilo de sempre.
quando tem alguém que só vai relaxar, ou vai engordar, tipo anoréxicos, eu logo me junto... mas, a não ser com os que vão SÓ relaxar ou perder alguns quilinhos, os que são muito magros também reparam se você consegue comer, e eles não.
logo, toda refeição é tensa. é divertida, mas é tensa.
a rotina é diferente da minha. o que não é difícil. acredito que quase todas as rotinas, pra serem chamadas de rotinas, são diferentes da minha. que seja...
- às 8h alguém liga pra vc acordar (no meu caso eles começam a ligar 30min antes) e participar de alguma conversa que depois resulta numa caminhada, antes do café da manhã (eu fiz muito pouco disso)...
- aí vem o café da manhã, das 9 às 10h (que é qdo eu "consigo" levantar, daquela hora, às 7h30, até 9h50...)
- 10/11h alguma palestra motivacional
- de 11 até 13h, exercícios
- aí vem o almoço, até 14h30...
- depois mais castigos - quer dizer - atividades...
- 16h30, turbilhão (que é tipo uma hidromassagem gigante onde entra td mundo)
- depois vem hidroginástica, exercícicio, exercício até a hora do jantar...entre 19 e 20h (este intervalo, das 16 até às quase 20h, eu durmo, já que acordei de madrugada)
E aí levanto com a maior disposição porque a noite tá só começando e... tá td mundo morto (claro, depois de um dia inteiro de exercício a 600 calorias, se fosse eu...acho que deveria ser removida de ambulância)
22h todo mundo na cama...
mas...às vezes td acontece da forma que o "diabo" gosta, e em uma das últimas vezes em que fui, peguei uma turma de pessoas mais ou menos da minha idade, uns músicos que foram se desintoxicar , uns artistas e enfim, o nosso horário bateu, um deles tinha violão e pronto...o negócio ficou animadíssimo, embora tivéssemos que ir pras áreas mais próximas aos consultórios, que é onde ficam os hóspedes mais ansiosos... no caso eu e mais uma lá...e então não tinha o menor problema.

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das outras vezes eu não tive esta sorte. mesmo.
peguei somente pessoas mais velhas que foram emagrecer. ou mulheres amargando uma separação. ou homens em risco de infarto. ou mulheres um tanto fúteis que já estão bem e nunca acham - pessoas com as quais eu não tenho muito assunto, já que esse pessoal costuma fazer panelinhas e eu não tenho nem o saco e nem o assunto comum - (embora divorciada) não sou amarga; não sou encanada com aparência e já passei tantos sustos que provaram que meu coração é forte demais pra infartar.

aí, só me resta ir pro quarto. que se Deus quiser, vai entrar o sinal da net, pq dependendo do quarto, não pega. assim como o celular não pega - o que, neste caso, eu acho uma benção de Deus!!!! Tenho pavor de telefone. Não sei por quê.

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bem, esta retirada estratégica já estava prevista. acontece que depois do episódio do suposto ladrão que não apareceu, a notícia se espalhou rapidamente e o dr. ismael e a rosil, que eu considero muito, dr. é meu paizinho adotivo, me intimaram. então não tem jeito. vou sentir saudades do Platão, meu vira-latas de olhos coloridos. mas a loló vai junto.

anotações de uma mente desordenada

eu já falei sobre listas.
sobre a mania que eu tenho de fazer listas.
e sobre a facilidade que eu tenho em perdê-las.
ok
agora, procurando o celular do tal Ray, que eu anotei no bloco "único" que fica entre o lap, a caneta e minha mão, vejo qta coisa estranha eu sou capaz de anotar confiando que depois eu mesma vá entender...

- macondo circus dezembro
- um comentário q eu devia devolver ao Dani mas não posso comentar aqui
- nietzche não era ateu???
- ciência x religião
- letra de uma música que eu não vou reproduzir...
- 1000 euros...pq???
- EUA/ESPANHA
- cód. pedido americanas
- cód. pedido submarino
- coisas pra Carmen
- uiiiiiiiiiii... achei o celular do tal Ray...
- tel. do hotel Savoy
- árvore/esterco??/ ração (é, esterco sim)
- preço de um gravador digital na Fnac
- nomes de árvores supostamente em perigo de extinção
- os nomes dos filmes que o dani falou que a trilha é legal
- Rubinho Bicheiro (nooosssaaaaa)
- Planeta Lazer (algum reduto perto do sítio)
- o telefone de uma vidente!!! mto importante. eu tinha esquecido. não liguei antes pq estava/estou com medo. eu tenho medo dessas coisas. mas sou curiosa.

torpedos estranhos e aniversário da Fer

será que coisas esquisitas acontecem com vcs e ninguém conta? fica tudo guardadinho, aí dentro? pra que?
pois coisas estranhas acontecem comigo - reforçando a máxima da Carmen que..."pra algumas pessoas, existir já é motivo de confusão"...
intão (ainda bem que eu não tenho nenhum seguidor que não entenda minhas piadas e venha corrigir meu português...o dque tem!)...
como eu contei antes, noite dessas eu recebi um torpedo estranho... de um número desconhecido, c/ a foto de um cachorro supostamente igual a Loló Black Dog...
esqueci. respondi o sujeito com uma pergunta, mas esqueci.
hoje, do nada, a figura manda mais 2 torpedos, com + 2 imagens de cachorros, sendo 1 parecido com outro cachorro meu?!? o outro, nd a ver, mas o guapeca gordo preto e branco, é igual a minha vira-latas Brisa.
sei lá como eu queimei o cabo que baixa as imagens do telefone...e então não posso provar. mas tem alguma coisa esquisita.
quem é esta pissoa?
por que não respondeu minha pergunta?
e por que continua mandando slides de cães muito parecidos com os meus?
mistérios de carnaval?
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quinta-feira é aniversário da Fernanda. e me delegaram a função de negociar com o dono do bar - não sei o motivo de eu ficar com essa parte chata de barganhar preço de cerveja e porções. ok, eu faço, mas não é o que eu mais gostaria de fazer...
apesar da Fernanda ser rabugenta, grossa, maleducada e ter um extenso vocabulário de palavrões, ela é muito popular. então o negócio pros mais "chegados" ficou em 50 pessoas, tirando os incertos...dá uns 35.
é muito, pras minhas contas, 35 chegados.
porque "chegado-chegado" é nego muito especial (pra mim). mas vá lá.
enfim, eu sinceramente espero que o talzinho do Ray atenda o telefone amanhã. que ele esteja preparado para eventuais festinhas de quinta-feira de uma semana morta de carnaval em curitiba. e que eu não esqueça, de novo.
porque estas coisas a gente lembra. só que durante o banho, durante o telefonema de alguém que fala sem parar e dá espaço pra divagações ou durante a madrugada.
pra não esquecer, apelo ao único jeito que há comigo: escrever na mão, em diversos ângulos pra água não lavar até eu ligar.

(nunca jamais acontecerá de alguma delas ou deles ler isso aqui até quinta, é claro. senão a festa não ia ser mais surpresa. será?)

22 de fev. de 2009

quem procura, acha

e quem não procura, também

e não é que uma segunda-feira modorrenta de carnaval - modorrenta em Ctba, tá Dani?
(sim, posso me dirigir SOMENTE ao Daniel Vasques pq ele é o ÚNICO que se presta a fazer algum comentário neste blog. Então, quem fala que me lê por email ou por msn como a Carmen e Horacinho, não vale. Assim nunca poderei comercializar feeds e coisas parecidas...e nem virar projeto de série no GNT e muito menos ser editada por qq maluco sem assunto por aí...)

Enfim, não é que 2a-feira de carnaval em Ctba pode render alguns jobs inesperados??? (alguma função deveria ter, além de nos deprimir)...

Iés: A vida é dura pra quem é mole, tenho dito.

E não é que mataram o macaco???

Impressionante. Que porcaria de civilização é essa?

Uma americana foi visitar a outra.
A outra criava um macaco que já havia trabalhado duro imitando humanos imbecis em filmes e comerciais.
O cachê não foi pro macaco. Tudo pra dona do macaco.
Que achou por bem dar-lhe ansiolíticos!!!!
O macaco teve uma rebordosa e atacou a amiga visitante.
Que está no hospital e corre risco.
E o macaco está morto. Morto por policiais idiotas, que poderiam ter atirado sedativos ou tranqüilizantes ao bicho. Que crueldade.

Ele teve uma vida triste, fora do seu habitat (macacas e florestas), foi treinado para ganhar dinheiro de um modo extenuante (quem gravou qq coisa sabe que 30s de filme podem equivaler a 1 semana de estúdio) e quando a dona impregnou o pobre de drogas, ainda morreu. Sabe-se lá que reação isso causou nele? E por que ele atacou a visitante? E por que estava solto? Eu prendo meus indefesos cães quando tem visita (sei lá se o visitante morde!!!).
Enfim, é só um animal mesmo. Não faz diferença.

Não sou nenhuma militante Bardot, mas essas demonstrações de irracionalidade humanas me deixam muito triste e com muito medo. Será que eu sinto as coisas demais? De um modo exagerado e irreal?

O macaco tinha nome, Travis, de 14 anos.

21 de fev. de 2009

Coice

coice"
2 hábitos herdados muito feios
colocar mão em braseiro
e pé em formigueiro
coice"

***************************************
coice"
d=v . t
deus vê tudo
distância é igual a velocidade vezes o tempo, sendo:
- distância é igual a poucos km
- velocidade é igual a sua vontade (vezes) a minha vontade (sobre) o tamanho do saco de cada um
- tempo é igual a
(acredite, estou tentando comparar tempo a alguma grandeza, há muito tempo. sinal de que não há tempo ou não há grandeza ou não há tempo e grandeza?)
ou sinal que não tem mais nada a ver

* a resposta desta questão está bem na minha cara, página virada.

Minha afilhada é uma anã disfarçada

Roberta foi abduzida na escolinha. No seu lugar há uma anã intergaláctica que finge ter 2 anos.

Terça-feira, 17 de fevereiro de 2009:

- quem sou eu?
- a madinha
- mas como é o nome da madrinha?
- tia
- Nãããoooo. Como a madrinha chama?
- "tia madinha"

ainda na terça:

...então, quando a Betinha fizer 7 anos, a madrinha leva na Disneylândia pra conhecer o Mickey Mouse... você tem quanto? (ela mostra 3 dedos da mão, diminuo 1, ficam 2. Mostro a mão cheia de dedos, e os dois). Isso "é" 7 anos. Isso é quando a Betinha crescer, tá?
...tá


Sábado, 21 de fevereiro de 2009, pelo telefone:

- quer passear com a madrinha?
- tia madinha, eu "kexer já" pode passear Mickey.


raio, raios e uma lembrança que a chuva trouxe

Vaiii, teima
teimosa, irredutível, obstinada, resistente
não acredita que raios queimam coisas
coisas encaixadas numa placa retangular com 2 buracos na parede
cheias, lotadas, repletas, plenas e satisfeitas
de energia Poltergeist.
chove em curitiba
a cena que vejo agora, é a mesma de anos atrás
chuva cai, triste e cinza e lava a minha rua azulada
lava minha alma também?

****************************************************
Quem sou eu pra desafiar raios e trovões?
há tanto tempo que nem sei, neste mesmo verão de imensa carga d´água
láááá no sítio da gente - aquela gente que ainda vive lá, na divisa do RJ com Minas
do mesmo jeitinho
a gente corria a colocar os pés afastados da parede
do chão, do teto e de tudo que tivesse contato, atrito com o solo
solo que tivesse contato com a água e com o ar, com o céu e tudo mais
porque os raios lançavam braços de todos os lados
eu juro!
e podiam nos pegar
meu pai desafiava os raios
e ficava nadando. água, morros, raios e tempestade
sem piedade
solidária, entrava com ele n´água - se ele morresse eu morreria também
aí seriam 2 para o raio matar
muito trabalho, talvez..
***************************************************************

isso não parava o trabalho na casa
chinelos de borracha protegiam os very machos
como o S. Martinho, que tanta gente que já morreu achou que o homem
não iria longe, de tanto beber
os saudáveis se foram
mas enfim, volto à cozinha da casa velha do sítio
onde S. Martinho passa café fresco pro doutor que chega na chuva
de roupa branca de médico, cachimbo
e seu fusca branco
o carrinho vem carregado
o doutor sempre foi farto
mas dificilmente trazia coisas que crianças gostavam, como biscoitos, balas e porcarias
ele trazia carnes do S. Geraldo, compras da Bramil de muitas massas, azeites, goiabadas e coisas assim
a não ser quando minha tia colocava na lista: BISCOITOS FRU-FRU
que é como mãe, tia e avó minha chamam biscoitos wafflle
minha tia ainda chama. No céu minha avó e minha mãe também.
humm, café fresco do sítio... que aroma. que paladar. que calor.
pra acompanhar sempre tinha um biscoito, um bolo ou qualquer coisa assim
feitos por mãe
o doutor trazia tantas novidades da cidade, que toda gente ia a se juntar em volta da mesa
mãe, tia, pai, primos, cunhados e quem mais estivesse por lá
"fulano apareceu hoje na casa de saúde (a casa de saúde é o lugar onde os sem-saúde vão);
mulher do s. dito descobriu a outra; tem campeonato de buraco na casa do Bina; dia de Reis vou a Machado, casa de Olaci, irmã que tá SÔzinha, Hildo (meu pai) vai junto, guiando o "pois é" ("pois é" é como ele chamava o fusquinha, e como quase todos os mineiros do sul de Minas chamam quase todas as coisas); cadê Paulinho?come isso não meu filho, você num sabe a procedência (ele usava muito esta palavra: procedência); num vi Apache não, cadelhe? (Apache, o manga-larga marchador de estimação)... e assim ia
enquanto s. Martinho contava alguma fofoca de outros empregados do sítio
pra puxa o saco do doutor
e enquanto assava milho na brasa
e buscava baldes de mangas fiapentas e deliciosas
e enquanto alguém não lembrava que pamonha boa era a de Minas
pro meu tio inventar a pamonhada
e lá ia ele, pai, Martinho a ralar milho e a falar de mulheres
que não é porque morreu/morreram, que viraram santos
meu pai e ele eram mulherengos demais
e por isso mesmo, repressores demais com as 2 únicas mocinhas da família: eu e Adriana
a cozinha sempre estava quente, e acesa
o chão era de cimento queimado
foi casa de escravos
3 cômodos apenas, emendados
e enormes
cozinha, quarto que guardava mercearia seca e servia de esconderijo pra alguma cobra
e banheiro
o telhado se estendia para fora, criando um área externa do mesmo tamanho que a casa, só que sem paredes
lá paravam carros, mesa pra todo mundo, churrasqueira e pia velha onde dormia Zapata, o velho pastor alemão, e pia nova, onde não dormia ninguém
a casa, como toda família Mannarino, não tinha ritmo de gente
acho que o fuso de todos eles ainda era calabrês
então o almoço saía às 4, 5 h da tarde
minha avó era servida antes, pela minha mãe
lá por altas horas o jantar
ou de madrugada, quando o doutor voltava, ou o Hildo, ou o Paulo, de algum lugar
e inventavam alguma mistura de arroz-feijão-requeijão-bife
mesmo quem torcia o nariz não guentava o cheiro
nunquinha que alguém teve indigestão
madrugada era violão, piano pela vovó e tia-avó, ou ensaio da banda do meu primo, que guardava tudo lá na casa nova, a casa separada da velha por 10m de concreto plano, impressões e datas de tios que rabiscam no cimento fresco
que era onde a gente dormia - não no cimento, mas nos quartos, que tinham bem abaixo o cimento
ou então inventa-se um forró,
e aí todo mundo dançava com todo mundo
quem dava show era meu pai e minha mãe, dançarinos de primeira
eu não dançava nada. ballet clássico deixa menina desengonçada.
como arrastar o pé se a vida inteira ouvia pra andar na ponta do pé, esticando beeemmm o arco dos pés?
aventura era uma coisa tola
sair de madrugada comprar sorvete na parada
da BR-040 e na volta, contorno da estrada
apagar luz do carro e ficar quietos, debaixo do viaduto
pra ver quem o medo pegava primeiro

coisas de quem viveu no sitiozinho Santa Paula, divisa de algum lugar

Adeus (5 letras que choram)

ok, mas atenção, essa notícia vai mexer com você
vou-me embora, não é pra Passárgada
destino: Tocantis
motivo: raso, fútil e bizarro (palavra muito dani)
contece que alguém achou por bem eleger Curitiba a capital gay
epa, nada contra
a não ser que aí eu estou perdendo a minha fatia no bolo publicitário
a-ham
lá não tem nada pra fazer (ouvi dizer)
mas isso não é problema, desde que tenha net
ah, se fosse hoje, o Náufrago teria ficado nem 3 dias nakela ilha
alguma coisa nele teria GPS
até eu tenho, e não sei o que fiz, estraguei
você acredita, sinceridade, quando vê aqueles adesivos:
"veículo rastreado por satélite"?
eu não. Meu primo fez uns tantos assim
eu não acredito em mais nada
em Deus sim.
a tendência mundial é que nossas bundas aumentem de tamanho
enquanto o msn não mudar de formato
ah! Carmen disse que se tivesse uma bunda igual da Carla Perez, o último lugar que iria aparecer de xórtinho (assim tupiniquim) seria na TV
a questão é que, segundo nossa reflexão, ela acreditou no poder da sua bunda
que a bunda dela era maravilhosa
e todo mundo acreditou
hipnose coletiva primária

e a data da viagem ainda não está marcada

Ritalina dá nisso

aiaiaia
tô aqui divagando na internet
como se eu não tivesse absolutamente nada pra fazer amanhã
só que eu tenho. e lembrei agora
agora que o passarinho tá cantando
não importa quantos passarinhos o Galileu mate (meu cachorro número 5), eles sempre cantarão
clichê?
but, lembrei que eu marquei com a Pati C. de manhã
poderia ser agora então
e com a Fer o churras em que se eu furar de novo
to jurada de morte
aliás, reencontrei sabe quem????
Djangooooooooo, Franco Nero com seu péssimo inglês
eu casaria com o Django, tranquilamente
preciso de alguém pra me proteger
entrego os pontos totalmente
cansei de ser the powerultramegatuttifruti-woman
Carmen disse que eu me exponho demais no blog
mas que é viciada nele
ela é tão, mas tão reservada que os comentários envia por email
ao invés de publicar lá, junto conosotros blogueiros
enfim, vcs nem vão acreditar, mas encontrei alguém que a-do-rou o filme do Django
tanto quanto é possível, tanto quanto eu, e meu pai
o Daniel Vasques (
http://www.dque.blogspot.com/)
causa disso ele foi contemplado
às 4h30 do sábado de carnaval
(ele, um legítimo menino do Rio)
com um DVD del Djangooo
e não é que o submarino é um site idiota mesmo?
pede referência de Copacabana como se fosse uma aldeia Oiapoque
Cristo Redentor!
e eu sei que tenho que pensar que todos somos irmãos, e se minha ira
tivesse espaço pra acontecer no momento em que acontece
eu seria promovida a qq coisa muito capitão Nascimento
aliás, eu casaria com ele
com o Wagner Moura, não com o Cap. Nascimento
mas essa raiva não é pelo submarino
é pela provação terrena que acha que só pq perdeu o rabo não é o diabo
que é o meu vizinho
bom dia flor do dia

O que deu errado em mim, de novo, parte 3

eu sou a versão feminina do Inspetor Clouseau do Peter Sellers
ou o memorável filme dele, um convidado atrapalhado
sou eu, já me conformei
Como disse sabiamente a Carmen, "tem gente que basta existir pra causar confusão"
sou eu (mas a conotação era outra)
eu não causo constrangimento a ninguém, só a mim mesma
tudo começou quando eu cheguei no Babilônia e a Carmen não estava
ela é pontual, germânica
se fosse eu, atrasada, ahhhhh que novidade!
mas ela? bom, esperei esperei até lembrar que eu tinha um celular e nele, o número dela
o óbvio
ela ainda estava em casa e eu disse: tá, eu vou esperar aqui fora pq tá muito calor
não era isso
mas eu precisava de um bom motivo, e alto, pro porteiro, segurança e manobrista não acharem que eu sou estranha
só porque eu não podia me mexer
pra não chamar muito a atenção
mas querer uma coisa, é fazer o contrário acontecer
pra todo lado que eu ia havia luz, muita luz (e nenhum túnel com gente morta acenando)
bem, eu estava com um vestidão tomara-que-caia (nomes...) arrastando pelo chão
como eu sou Gabriela eeee, meus camaradas... na passada rápida pela casa do meu tio, poquinho antes, pra ter liberdade de movimentos (tipo Always) eu fiz o de costume: prendi o vestido nas laterais da calcinha
fica estranho mas e daí? dá pra saber que tá preso na calcinha, mas e daí? Daí que eu desci no lugar com luzes que pareciam o tapete de entrega de algum prêmio, com o vestido preso pelas laterais porque eu havia esquecido de soltar... se vc não imaginou, eu digo: fica muito estranho
aí eu pensei: PQP! q "m...", vou encostar naquele cantinho e soltar o vestido, que não era muito simples, porque o pano tinha um forro que embolou até o meio da minha barriga
cheguei no cantinho (o único cantinho escuro) de costas e já querendo soltar tudo e não vi o outro manobrista fazendo hora, justo ali... o que??? ele achou que eu ia agarrá-lo ou coisa assim, mas dane-se...
tá, saí e esperei no tal banquinho...
cansei de esperar, entrei de lado e fazendo diversos movimentos com minha maxi bolsa pra olharem pra tudo!, menos pra quase burka que eu usava
ahhhhhhh, sentei
onde não podia
putzzzz, a mulher quis que eu fosse pro salão cheio, o central, iluminadíssimo
será que ela não entendeu que meu vestido estava me possuindo????
e fui pra mesa indicada: a primeira que, pra quem entra, é a última
os 5m mais longos do universo
sentei
Carmen vem, Carmen não vem
daqui a pouco vem um torpedo do além, de um número que eu não conheço, com a foto de um cachorro igual a Lolló e um pé
eu demorei pra juntar tudo e respondi: quem é vc? e o que vc está fazendo com uma foto da Lolló? é um pedido de resgate?
Ninguém respondeu e eu esqueci
enquanto isso, a índia aqui aproveitou que a toalha era longa o suficiente pra cobrir meia mesa e, claro, dobrou as pernas sobre a cadeira ao lado, prendendo o pé na madeira da cadeira
ai que bom... até o garçom passar correndo, esbarrar na cadeira e puxar todas nós pra baixo da mesa: eu, minhas pernas, meu pé engatado na madeira e a cadeira
q coisa. devia ser proibido levantar depois duma cena dessas.
Carmen loira, alta, olhos azuis e ofuscantemente linda chega e aí foi tudo bem até eu voltar pra casa
que estava escura quando deveria estar tudo claro (aceso!), com a chave geral de luz mexida e eu acordar meus tios e chamar a polícia
que demorou sei lá, 40minutos...
era pra eu ficar fora de casa,esperando
mas cansei, entrei, não vi ladrão nenhum, esperei a polícia enquanto falava com o Dani no msn e isso é mais um dia na minha fácil vida nada mole, ou coisa assim
e eu ainda acho isso tudo um tédio

19 de fev. de 2009

Sinceridade

Horácio me disse que estou fadada a escrever
será?
vindo dele, eu acredito
simplesmente porque ele sempre foi super-sincero (inclusive nas fotos em que saio com cara de "Maysa" e ele diz que eu não devo deixar essas coisas aparecerem)
como precisamos de sinceridade!!!
aliás, tenho medo das pessoas que sofrem de "sinceridade reprimida"
eu tenho uma pessoa "satélite" assim (que está sempre por perto)
acho que ela é também um pouquinho bipolar
alegam que é a tal TPM
chega desse papinho TPM!
agora neguinho neurótico é culpa da TPM
TPM virou álibi pra tudo
daqui a pouco a pobrezinha estará no Lei & Ordem SVU
enfim, a tal pessoa "satélite" de sinceridade reprimida
de uma hora pra outra
resolve lançar bofetadas de verdade, do nada
eu tenho meda, muita meda mesma (assim, com A no final)
de gente assim
ela já virou a boca da bazuca contra mim
e me a-ca-bou. literalmente.
porque eu não consegui fazer nada, além de escutar calada, com a respiração presa
depois eu tive que voltar pro analista
por que o cérebro capta e registra tão bem o que é ruim???
que droga de natureza humana é essa?
eu só quero gente do bem em volta de mim
só quero gente "Xuxa" comigo (super xuxa contra o baixo astral)
sinceridade não é pra doer
é pra orientar
e ajudar a ser mais feliz

O que deu errado em mim, de novo?

Cresci ouvindo minha mãe dizer: não confie em elogio de mulher...
Será que ela tinha mesmo razão?
Não posso generalizar. Tenho amigas que me avisariam se eu estivesse...ridícula (o que não é difícil, já que eu sou ridícula mesmo). Como no dia em que eu coloquei um sapato lindo maravilhoso da Carmen Steffens e elas deram a rir de mim... ou no outro dia em que eu fui no boteco "bonitinha" e, segundo todas elas, estraguei tudo com meu All Star de bolinhas vermelhas. Eu não concordo, simplesmente acho que elas não chegaram láááá... "lá" onde eu já comentei antes, onde o homem sem sombra também está...
enfim, como me apropriei do "ridículo", posso falar com desenvoltura sobre o tema
e sei em quais fotos "eu sou eu", ou "eu não sou eu", ou "sou um pouco diferente do que na verdade sou"...
tenho senso... de "ridículo", claro
aí eu tinha, ainda tenho, algumas fotos no orkut (que segundo o Horácio "já era") em que algumas amigas comentam coisas nada originais e tipicamente femininas...elogios suspeitos...
bem, eu não sei se sou aquilo que vejo nas fotos, ou no espelho, mas minha mãe, enquanto esteve aqui, sempre foi crítica e dizia: você não é assim como aparece nas fotos...sai desse corpo que não te pertence!, ou "essa que aparece aí não é minha filha"...além de: você não é fotogênica (mas era a minha mãe. E nela eu acreditava.)
ah...o Horácio também disse pra eu tirar umas fotos em que eu estou muito "Maysa"
mas enfim, como eu acho tudo muito leviano e superficial, e como odeio fotos "posadas" (alguém me diga "cual" o nome do vírus que faz todas as garotas tirarem fotos fazendo "biquinho"? eu não aguento mais tanto "bico", tanto "espremedor de peitos" pulando pela tela do computador, tanto "cabelão" al mare, al dente, arriba, al centro...)
de novo pergunto: o que deu errado em mim??? (não espero nenhuma resposta sincera feminina...)

Amigos inteligentes

Meldelsss... eu tenho amigos que divagam
divagamos juntos, inclusive
como o Dani (www.dque.blogspot.com)... que eu não sei se me leva a sério, mas eu levo a sério as dissertações que ele faz sobre astronomia, mesmo quando manda eu me localizar através de uma bússola, às 3h da manhã, e procurar a constelação de leão (coisa que fiz, obediente, mas não encontrei)
enfim, são divagações que ocorrem entre pessoas com o mesmo grau de "lucidez"...ou seja, o que um fala, é rapidamente compreendido pelo outro
às vezes esqueço que o Dani é homem e eu sou mulher
acho que ele é uma amiga
mas amigas jamais falam de coisas tão legais como constelações, cometas envenenados, carregamentos de banha e coisas assim
mulheres, com a licença de minhas queridas amigas, geralmente versam em torno de relacionamentos... e só
a não ser a Carmen, que é de uma intelectualidade que me deixa de boca aberta
mas eu e o Dani também falamos de relacionamentos, os dele e os meus... mas falamos de muitas outras coisas...
pode ser que, enfim, eu seja "o" amigo "homem" pro Dani (com redundância mesmo)
não pense que estes assuntos precisam de psicotrópicos pra acontecer...ocorrem somente com a ingestão de Matte (que é da minha terra) e Coca-Cola (que é da terra que ele gostaria de ser)
agora há pouco eu conversei com outro amigo, muito-muito querido também, mas não alcancei a complexidade de suas divagações...
sabe quando vc se sente burra e franze a testa pra conseguir acompanhar a viagem?... fiz isso e não cheguei lá...
porque os temas dele, basicamente, terminavam no bom e velho "caetanês"... tipo blablabla...ou não!? e a partir deste "ou não", iniciava-se outro assunto filosófico e esotérico que eu não compreendia nada... mas consegui manter o "embromation" pra que meu amigo não se frustrasse, usando o velho truque jornalístico que os terapeutas também usam, de repetir a última frase da pessoa, alternando a conotação entre afirmação, interrogação e exclamação...
mas enfim, eu não vou me sentir burra porque no sangue dele há mais barbitúricos que no meu
já que tenho 2...2 não, 3 amigos que eu acho muito inteligentes e que me dão corda... a Carmen (que acho que meti numa "roubada, por causa do meu jeito "cupido" de ser...), o Luiz (que está ausente porque é louco por carnaval) e o Dani, é claro.

Eu não aguento isso...

Mostrei a Abadia em que, um dia..., eu tive a intenção de me hospedar para a Néia, que trabalha aqui em casa já há algum tempo.
Desestímulo total:
- você num "guenta" isso não "fia". Vai pra lá e "ocê" volta "descaderada", depois eu num "vÔ" faze massage em ninguém não... cê num tem saúde pra isso não...tá pensando que é qui nem aqui, que cê vai e mexe nas tuas frorzinha e vorta? Cê num guenta isso não...Primeiro dia te mandam de vorta. Ah...se isso tivesse lá no norte (norte do Paraná), ia te gente fazendo fila pra ir...
E lá onde cê vai (no Spa/Estância do Lago, ela quis dizer) num é assim não qui eu sei...se tivesse um desse "spar" lá no norte também ia te fila de gente pra fica gordo e com depressão...

Que juízo ela faz de mim???

18 de fev. de 2009

Sutiã honesto


Odeio sutiãs
Odeio a ditadura pseudo-fetichista em torno dos sutiãs
Não existe um sutiã, atualmente, que não tenha enchimento
barbatanas pra erguer
barbatanas pra juntar
e tendo barbatana, pra mim, é um instrumento de tortura
a não ser a dos peixes, que tem por função facilitar o nado
barbatana de sutiã não tem nada pra facilitar
é um ferrinho torturador colocado na costura de cada um dos bojos
que, mesmo com pouco uso, começa a escapar pelas laterais
e a nos furar
estou há tempos a procurar um sutiã normal
que não aumente e nem diminua meus peitos

que não levante e nem esprema
que não tenha uma alça cortante
que seja, simplesmente, honesto
eu quero um sutiã honesto. só isso.

17 de fev. de 2009

Pai


Olha aí...
olha aí...
olha aí, ai o meu guri, olha aí
olha aí é o meu guri

O caos onde crio

No campo de batalha que é meu escritório
há de tudo
tudo o que sou eu
e tudo o que não
na mesa
há uma casca de banana (éeeee, eu, que odeio bananas, dei a comer bananas, já que estou anêmica e ando a resistir a carne nossa de todo dia...como a tal fruta é rica em B12, vamos a comer)
e na casca de banana,uma guimba de cigarro
uma caixa de fósforos imensa
um calendário, invariavelmente no mês errado
um porta-cds imenso
2 dicionários
1 com a nova ortografia que de nada vale
ainda prefiro o antigo
um ipod
cabos USB
calculadora
fita bananinha
incensos
canetas, canetinhas, giz de carvão, nanquim e milhares de coisas portadoras de cores
um cristal onde nossa senhora está guardada, tal como Jeannie é um Gênio
um porta-revistas, sem revistas
álbuns de fotografia
1 cd do Tim Maia
1 DVD do Rush
meu laptop
telefone sem-fio
1 pacote de M&Ms, já vazio
bloco da Harley Davidson
e ordem de serviço da Net
há também 2 sutiãs (que vão me incomodando ao longo do dia e acabam espalhados pela mesa)
logo atrás de mim,
2 aparelhos de som
com 2 caixas potentes
1 leitor de cd
1 quadro de Federico Fellini, E la nave va
1 imenso ventilador
à frente, 1 violão
tv e encostada na tela plana, um quadro de minha mãe
forrando 3 paredes, estantes brancas, cheias de livros, caixinhas, luminárias, amostras de papéis, livros de arte, LPs (éééé, ainda tenho LPs e toca-discos sim senhor!), tabuleiros de xadrez, mas de dama e ludo também.
Nas paredes que sobram, uma mistura de quadros de gatos, telas da minha mãe ainda a emoldurar...
E muitos segredos.


Minha afilhada, há 1 ano atrás. Foi ela que me deu um beijinho na boca hoje, já que eu era a princesa desmaiada e ela o príncipe que veio salvar a princesa. Amorzinho!

E mais uma do meu ghost

Meu fantasma apareceu ontem de novo.
de surpresa, como aparecem os fantasmas
e ficou pouco tempo
já era tarde
no pouco tempo de sua presença espectral
fiquei deitada sobre o seu peito
mal ajambrada numa posição quase fetal
que nem me dei conta de tão inconfortável
apenas pelo conforto do abraço
que foi imenso, grande e longoooooooooo
mesmo que o relógio diga o contrário
foi um abraço curativo
o abraço que fez perceber
há quanto tempo eu não me permitia um abraço desses
e que me fez voltar a querer abraçar novamente
e ser abraçada
agora, só agora, compreendo a indiana que sai em peregrinação pelo mundo
abraçando a todos com o abraço da cura

Meu sangue quente de calabresa


*Este é o mar mediterrâneo da parte que banha a cidade de Paola, onde minha mãe nasceu e onde ainda temos primos.

Com toda a propriedade do mundo, digo que "família" é a melhor coisa que Deus inventou.
Família pra comemorar
pra brigar
pra amar
pra falar mal
pra falar bem
pra se esconder
pra visitar
pra te manter em pé
pra te desapontar
pra te dar objetivos na vida
pra desviar você de seus objetivos
pra abraçar e beijar muito
pra estapear e ter vontade de matar também
pra rir
pra chorar
pra te consolar
pra você ter que consolar
pra você ter necessidade de ficar só
pra você ter pavor de ficar só
pra você querer deserdá-los
pra você achar que só eles merecem suas coisas

De tudo que é bom neste mundo, não há nada melhor que pai e mãe. Vive-se relativamente bem sem as outras extensões, mas sem pai e mãe, há sempre a sensação de que sua história pregressa, perdeu-se em algum lugar. Ou foi embora junto com eles.
Mesmo aqueles que tem os pais e moram longe e que por isso acham que eles não são tão importantes...no dia em que eles se forem, irão sentir a inevitável sensação do desolamento.
Somo como lobos. Devemos viver em alcatéias. Mogli só sobreviveu porque foi adotado por lobos.
E a graça de se viver sozinho, somente existe quando relativizada. Viver só, só, somente só...é insuportável. O Náufrago de Tom Hanks não sobreviveu porque achou a bola Wilson. Sobreviveu porque sua solidão era relativa, já que possuía vínculos familiares e um grande amor em algum ponto do planeta.
Os brasileiros que topam enfrentar jornadas absurdas, extenuantes e humilhantes em outros países, são motivados e sobrevivem graças aos vínculos aqui deixados.
Somente hoje entendo o clamor do sangue e o status absoluto em que ele existia na família da minha mãe, principalmente entre ela, sua irmã mais velha que ainda está viva (Graças a Deus) e tio Gioacchino (há um outro irmão, mas este eu aposto que fizeram transfusão de sangue total assim que nasceu... não tem nada de nós). Eu e meus primos somos a 1@ geração brasileira. Mamãe e seus irmãos nasceram em Paola, uma linda cidade mediterrânea, na Calábria. E como se sabe, italianos consideram-se por sangue, não por solo - mais uma evidência da influência do clã sobre a vida de seus componentes.
Eu sinto que meu sangue, este sangue italiano e de calabresa braba, comanda minhas reações. E quando vou contra isso, fico extremamente infeliz, deslocada e sem sentido.

Hoje dei o braço a torcer... Sabe aquelas situações que nos magoam e nas quais nos fazemos de indignados? Pois é, o sangue falou mais alto, e resultado disso é que, após quase 1 ano, eu abracei muito meu tio, o irmão mais próximo e parecido com meu pai, de mesma profissão, mesmos hábitos e de infinitos verões compartilhados. Senti meu pai naquele abraço. No toque das mãos. Na barba que espeta o rosto da gente. Na textura fininha do cabelo loiro acinzentado. Nos olhos de uma cor indefinida, às vezes verde, às vezes mel. E o abracei muito. Mais que o tempo normal de um abraço, como se estivesse tendo a possibilidade de abraçar meu pai mais uma vez. Pelo menos num faz de conta.
Isso me emocionou muito.

E cada vez mais pessoas dizem que às vezes esquecem que estão falando comigo, e pensam estar falando com minha mãe. E pessoas que eram muito ligadas a ela. Dizem que eu assimilei o jeito compreensivo e psicólogo da minha mãe (minha mãe era confidente de muitas pessoas. E nem pra mim contava o que sabia - o que me deixava irritadíssima). As conversas sobre arte e a preocupação com o próximo, o modo altruísta que ela tinha de ser e, engraçado, a última frase que minha mãe escreveu no meu laptop foi justamente esta: que não havia ninguém mais altruísta que eu, e que ela me amava muito. Enfim, não me vejo fazendo estas coisas, mas talvez por isso mesmo eu esteja ficando parecida com ela.

Quando alguém reclama de sua família pra mim, eu escuto quieta e digo: até disso você vai sentir falta.

*E uma coisinha bonitinha de hoje: brincando com minha afilhada de 2 anos, ela, na sua enrolada língua de criança, contou a historinha da princesa, da bruxa e do príncipe. A princesa desmaiada era eu. E lá foi ela a me dar um beijo babado de criança inocente na boca, pra princesa despertar.

O dia sorriu pra mim

Após uma noite terrível, insone, de barulhos estranhos e arma em punho, e de pouquíssimas horas de sono carregadas de pesadelos - segundo minha empregada, devo me benzer numa igreja - finalmente um dia maravilhoso, feliz, alegre, leve e ensolarado!!!!!!
Eu tenho dependência química e neurológica do sol!!! Como amo o sol. O calor. E pra completar, uma visita que desviou um pouco a rota do dia (eu digo que a vida é imprevisível), mas que amei, amei, amei e amei!!!

Hoje eu sou esta menininha aí. Sem medo de nada. De braços abertos para a vida, com os pés descalços numa areia quentinha e crente que viver é uma aventura.
Namastê!!!!!!!!!!!!!!

16 de fev. de 2009

Curtinhas que o tempo urge...

1. Tô cansada de lidar com malucos.
2. Eu vi as fotos da Má de ano novo. Tão lindas. A Má é aquela que está apaixonada. Fotos lindas cheias de beijinhos. Eles parecem felizes. Acho que preciso me apaixonar.
3. Continuo exausta por lidar com malucos. O pau tá comendo.
4. Me sinto um cachorro atrás do próprio rabo, às vezes.
5. O tempo está cinza, frio e ainda preciso fazer mil coisas chatas. Ir ao cartório, advogado, não guento mais essa aporrinhação.
6. O gato subiu no telhado. O gato vai se jogar do telhado. (Não se preocupem. Gatos caem em pé.)
7. Preciso prestar solidariedade hoje a 2 amigos. Situações muito ruins. Mas vou tirar forças que eu mesma não tenho. Pensei em levar flores. Flores vão lembrar a situação. Um livro, quem sabe? Um cd. Se não fosse nesta situação eu levaria o cd do Brasov. o que levar o que levar o que levar? Por que eu acho que sempre tenho que dar algo material para os outros? Eu faço isso com minha afilhada. Sou uma droga de madrinha. Compenso minha ausência com um monte de presentes. Não me odeiem. Da última vez, nem entregar eu fui. Mandei. Que merda de madrinha.

Johnny vai à guerra outra vez...

15 de fev. de 2009

Maria Zilda,homens e um fantasma

Acabei de sair (correndo!!!) do blog da Maria Zilda, a atriz.
Gente, ela é analfabeta ou o quê?
Não há nada que me irrite mais que erros de português.
Não me refiro aos erros que todos estamos sujeitos, ainda mais com essa reforma ortográfica...
mas outros tipos de erros, que pegam direto no estômago e fazem você se concentrar apenas nas palavras erradas...
só pra dar um exemplo: ela diz que deve seguir o tratamento "hortomolecular"?!?
eu não entendi se era piada ou não... poderia ser uma brincadeira de ovolactovegetarianos fazendo alusão às pílulas que contém toda a tabela periódica... mas nãoooooo
somei outras palavras e atestei que muito chá de Santo Daime, dá nisso mesmo...
É como dentes, em homem
Não que eu os analise como se fossem cavalos (embora alguns sejam mesmo),
mas não há nada que eu repare mais que os dentes. Mãos também reparo. E não gosto de homens com mãos enormes. Geralmente o cérebro é inversamente proporcional.
O negócio é que eu sou detalhista demais. Não sou daquelas que olham o óbvio: barriga de tanquinho, bíceps e bumbum. Nem lembro que homem tem bunda, quer saber? Essa história de homem só pra pegar, não rola comigo... e às vezes me acho bem retrô nesse sentido...
É...Sou antiga, meu bem.

Falando nisso, o meu fantasma amado - aquele que foi, sem nunca ter ido - e que tem um gênio de cavalo indomável (sim, este eu comparo a um cavalo chucro, grosseiro, abrutalhado, bronco, rústico, ignorante, amargo, arisco), como é muito de seu feitio, ligou-me na quinta-feira só pra brigar por besteiras que ele, sendo o bom publicitário que é, tem a capacidade de inventar, imaginar e delirar. Eu, amortizada por anos de convívio e cansada das brigas em que somente ele pode sair vencedor, como sempre, escutei quieta... até a fera parar de esbravejar.
Parece que isso não está dando certo.
Ele gosta de brigas. Eu não.
Brigas o estimulam. Brigas me desgastam.
Ele entra num período em que faz questão de me ignorar. Eu nem lembro que estou sendo ignorada. Eu nem lembro da briga, se quer saber!!!!
Quando por acaso ligo pra perguntar qualquer coisa, vem aquela voz acompanhada dos ventos do ártico, a me congelar... até que o blá-blá-blá se repita e eu diga que não irei fazer mais isso, e ele diga que eu sempre digo isso. Mas afinal, homem, o que você quer?
Há muito tempo eu já perdi a vontade de discutir a relação...
Ele é uma grande pessoa, mas é intragável como Óleo de Fígado de Bacalhau.
Não conheço alguém que tenha uma língua tão ferina quanto a dele.
Eu também tenho meus defeitos. Esqueço de ligar, marco e esqueço que marquei, mas é a vida da gente que é assim. Uma coisa atrás da outra.
Quase demos certo muitas vezes. Demos errado outras tantas.
Sabe aquela música do Ultraje? "Já não sei se quero acho que não quero me cansei de namorar...tenha dó...fica com esse nhenhenhé-nhenhenhé-nhenhenhéééé na minha orelha!!!! Me chateia! Eu já não aguento mais, quero fazer o que me der na telha..."
E depois, se alguém perguntar:
- é teu namorado? humm, não.
- é teu amigo? hummm, também não.
- é teu amante? quáquáquá, também não.
- e o que ele é, afinal? hummm... sei lá num sei.
- então seria ele um ser com aparência totalmente destituída da realidade? sim, pode ser.
- isso é uma das definições de "fantasma", segundo o Houaisss. então é, uai.

pegrizzia

Tô aqui me enrolando
a escrever um monte de asneira
porque tenho que sair e tô morrendo de preguiça
que saco
já ligaram perguntando se eu não vou
e eu disse
calmaaa...
sempre arranjo outra coisa pra fazer no lugar do que deveria estar fazendo
isso quer dizer que se eu não fui, não é porque eu não estava fazendo nada
mas tenho que ir
tenho que ir
tenho que ir
catsooooooo
(meu avô italiano da Calábria, não falava preguiça, dizia "pegrizzia". Só que ele nunca tinha.)

Eu sei onde mora a besta do Apocalipse

Eles passaram bem aqui em frente
4 carruagens
das 4 bestas apocalípticas
que moram na casa ao lado da minha
as tais bestas que ouvem funk
e fazem a janela do escritório tremer
que sossego o que...daqui a pouco eles devem voltar
são eles que dão "cavalinho de pau" aqui na rua
Ah, isso me fez lembrar que o pai da besta apocalíptica
a Besta-Mor
veio de ré da porta de casa até meio da quadra e pegou um cachorrinho
que já tava meio ceguinho
o cachorrinho era da vizinha do final da rua
eu, que estava só chegando em casa
vi aquilo tudo, parei o carro e corri pra pegar o cãozinho
deu tempo de levar no veterinário aqui perto
mas ele morreu
e a besta que mora aqui ao lado
nem se dignou a nada, nem catou o cachorro
ele merece ou não ir para o Inferno???

Israel, a viagem

Daqui a 13 meses estarei postando de Israel.
Esta viagem já está programada há algum tempo.
Vou com uma pessoa que já esteve lá 7 vezes e
MelDelsssss... tá duro de eu me concentrar....
ai caraiii....a criatura que mora na casa ao lado
está ouvindo, no último volume do planeta
funk
PQP
não tô conseguindo concatenar minhas idéias
Isso é um sinal
Sinal de que não devo temer a viagem
Eu já moro na Faixa de Gaza
E entendo perfeitamente o ódio entre vizinhos

Mentiras

"Queremos mentiras novas"

Rubem Alves

Negrini+Otto

Confesso que nunca fui muito com a "lata" da Negrini. A Alessandra.
Essa coisa dela de "sou paulista meu amor" sempre me deu náuseas.
Mas tudo mudou. E agora, sou fã incondicional da branquela de sampa.
Tudo por causa de Otto.
Acompanhar o cara, somente como espectadora, causa convulsão que Gardenal nenhum é capaz de conter.
Mas casar com "o" cara, e ainda viver alguns anos com ele, ter filho e lá-lá-lá-iáááá...
É demais. Mesmo para pseudo-hiper-ativos como eu.
Otto é caso para Ritalina na veia, de 2 em 2 horas.

14 de fev. de 2009

Quando eu publicar este post
já terá passado...
hoje, aliás, há alguns dias, tenho andado muito blue
muito muito triste
se isso serve pra alguma coisa, não descobri ainda
só lembro da frase do S. Martinho, caseiro do sítio em 3Rios, cantarolando:
"Tristeza não paga dívida,
nem vai mudar a vida de ninguém"...
Sábias palavras
Quisera eu ser sábia assim
Mas como diz Rubem Alves:
Ostra feliz não faz pérola
São as ostras, todas, infelizes?
Às vezes não aguento esta casa enorme
e eu sozinha
Outras justifico a mim mesma
que não me acostumaria com menos espaço
Tenho tanto, tanto espaço
e ainda me sinto sufocada
Tenho tanto lugar pra me esconder,
tantos muros altos em volta de mim
e me sinto nua
exposta
por quê?
E aquela estrofe que não sai da minha cabeça
"tristeza não tem fim,
felicidade sim..."
Bueno
Mi amigo lembrou d moa
E se ele não lembrasse?
nada...
além de me sentir
insignificante
E Deusmelivre!
me sentir
Insignificante

Bilhetinho

Pat:
Obrigada pelo bilhetinho, eu sei que é assim. Nós amamos muito você, é tudo o que temos.
Ah! mas dá pra trocar logo o meu presente? Todo o dia eu fico esperando e nada, nada, nada.
O pai está aqui do meu lado mandando um grande beijo para você.
Ele é meio parecido com você, prefere, no lugar de dizer "Te Amo", dar um berro.
Não pode ser assim. Não dá pra brecar todos os nossos sentimentos, isto nos faz mal. É podar as coisas boas.
Abra o seu coração, é + fácil viver assim.
A mãe que a ama + que tudo,
Pia Maria
25-1-96

(Este é um entre milhares de bilhetinhos, cartas e textos de minha mãe. Abri ao acaso esta cadernetinha branca, de capa florida rosa, que está na 4@ gaveta de minha mesa. As palavras de minha mãe são atemporais. O amor não morre, não diminui. Estou com tantas saudades de você hoje. Te amo muito, minha mãe.)

Meu amigo H.B.

Por que será que algumas pessoas a gente não esquece jamais?
E outras, não fosse a insistência de algum ser inconveniente, nem lembraríamos que conhecemos?
E por que as pessoas mais legais, mais marcantes, mais tudo de bom, seguem caminhos que as levam pra tão, tão longe?
Há tempos um amigo não me sai da cabeça. Fizemos o 1o ano de faculdade juntos, na Unesa.
Depois ele veio me visitar em Curitiba, quando estava um frio de rachar!
Mais tarde nos encontramos no sítio, em 3Rios.
Vivemos situações muito engraçadas juntos.
Eu estava casada com aquela criatura que foi a maior roubada da minha vida.
E lembro do ciúmes do "falecido" em relação ao meu amigo.
Coisa doentia. Já que sempre fomos muito bons amigos.
Compartilhamos segredos. Que eu nem sei se ele lembra.
Mas eu me lembro bem.
Lembro dele inventando livros que não existiam para o pai, em outro estado, comprar.
Como o pai nunca acharia o livro, vinha o dinheiro. Aiiii...estou a rir...
E aquele dia em que você, meu amigo, por conta nem me lembro do que, ficou subindo e descendo as escadas do prédio em que eu morava... Tudo bem, não fossem 11 andares...
Bem, consegui localizá-lo. Espero que ele se lembre de mim e me responda.
Tenho tanta coisa pra contar, meu amigo...
Saudades grandes, HB.

13 de fev. de 2009

Seguidores...

Escolhi as amigas erradas. Elas não lêem meu blog. Sim, como poderiam ler se estão sempre ocupadas pedindo cerveja no boteco ou apavoradas com algum evento/show ou coisa que o valha? Então, no tempo que sobra, lá se vão as meninas ao boteco.
Boteco,botequim, birosca ou vendola é coisa pra gente fina sim senhor. Mas pra gente que não tem tempo de ler meus posts. Semana que vem eu vou intimar todas a pelo menos fingirem que são minhas seguidoras.
A Marina, por exemplo, está a brincar de casinha com o namorado. Apaixonada. Daquele tipo que faz tudo junto o tempo todo. Mas o cara, oooo.... como é mesmo o nome dele???? ai gente fugiu (isso porque eu e ele, numa sexta à noite, chegamos a planejar um negócio que iria ter uma filial em SC)...então a gata-garota-Marina usa todo seu tempo livre com o gato-garoto-namorado que não me atrevo a chutar o nome por medo de criar problemas...
A Fer, que é a rabugenta mais legal do mundo (o rabugento mais legal do mundo é o Dani, que não é o Dani da Canal, mas o Dani do Brasov e do Canastra), está sempre a viajar e quando não, é ela quem nos leva a conhecer lugares estranhos onde se consomem loiras geladas que patinam pelo balcão como se estivéssemos no velho oeste...Mas entre uma cerveja e outra, poderia ler meu blog.
A Pati Correia está a embalar o sobrinho que é novinho. E depois reclama demais que não arruma namorado. Mas como? Quer que adivinhem que a donzela fica em casa a dar pipoca aos macacos?
A Renata embarrigou. E encontra-se imóvel. Durante 9 meses e 20 dias.
A Gabi acabou de desembarrigar. E está a lamber a cria. Linda por sinal!
A Carmen, que é linda, estou em dívida. Não financeira. Mas moral.
Bia é complicada e não tem motivo razoável para não acessar o cruela.
Gisah, que acessava diariamente, está temporariamente fora do ar.
Lia, que acessa, enquanto não passar esta folia carnavalesca, nem adianta contar...
Para outros tantos amigos meus textos são sem pé nem cabeça, mas digo que é porque não desenvolveram tantos neurônios quanto eu. Ou terão desenvolvido muitos a mais?
Metade da lista do msn está blokeada. No orkut, fiz-me fake de minha cachorrinha amada.
Luiz diz que já passou 2/3 do livro "a casa e o tempo", mas seu blog está a um passo de ser desativado, de tanto que ele não entra.
Outros humanóides não podem saber do blog, dada as histórias onde cito seus nomes em situações pouco confortáveis.
Enfim... chego a conclusão que posso falar mal de quase todos os meus amigos neste "sítio", já que poucos irão querer tirar satisfação. O bom de ser anônimo é isso.

E um de meus compadres de blog, o Dani, está a ficar famoso, emendando viagens daqui pra lá e pegando gatas-garotas em todos os 569 municípios brasileiros. Logo não terá tempo de fazer nenhum de seus comentários afiados, que dirá entrar em meu blog. Que dirá lembrar que eu existo. A fama tem dessas coisas.

Se eu pudesse fazer justiça

Tem um jumento ao meu lado
um asno
um jegue
cavalgadura
um burro
um idiota
Como é impossível a sua transferência
lá vou eu a tomar chá de jurubeba para os males fidagais e estomacais que ele me causa
tenho uma vontade uterina de liquidar esta criatura
se ainda estivéssemos nos tempo de bangue-bangue
contrataria Django para exterminá-lo
Já posso imaginar a cena
Django* chega em minha rua, arrastando o caixão onde carrega sua bazuca
Django toca a campainha da casinha onde o jumento loiro, alto, magro e de voz esganiçada habita
Django pergunta se tem pão velho
o asno loiro, alto, magro e de voz esganiçada, mal-humorado como sempre, relincha: Nãouhuhuhum!
Django derruba a grade chamada portão com seus tênis All Star e seu jeans Diesel
A besta-fera loira, alta, magra e de voz esganiçada se assusta, demonstrando algum aspecto humano de sua personalidade insólita
Django adentra a garagem do corno loiro, que é o jegue acima
abre o caixão, examina a bazuca, acende um cigarro de cravo e aponta, com prazer e minúcia, para o diabinho loiro, alto, magro e, agora, sem voz e miserável
Pronto. Está feito. O covarde cai de quatro. Patas pra cima.
Django acena para a mocinha no balcão. Joga-lhe um beijo e pega carona no Telecine Classic
A mocinha chama todos os seus amigos barulhentos,
todos os cachorros e gatos de rua
e juntos, viram a noite cantando e bebendo o morto

SOLIDÃO

Saramago, em um de seus livros, faz uma longa dissertação sobre o viver sozinho. Como todo português e amante de fado - até eu, que nada tenho de portuguesa nem mesmo graças a Deus o buço, adoro fado -, Saramago é melancólico. Melancolia e solidão são bons ingredientes para uma bomba interior.
Sobre solidão eu discordo totalmente de Saramago. E amo Saramago. Amei mais, confesso. Na época em que era mais cabeça dura, radical e não colocava, sequer, qualquer pontuação em seus textos. Adorava me perder e ter que regressar sentenças para entender quem, afinal, falava o que...
Mas enfim, não é agora o momento oportuno para esta divagação...
O problema da solidão é que ela existe, sendo o indivíduo realmente solitário por opção, por conta do destino ou por carregar um vazio que milhares de pessoas próximas são incapazes de preencher.
Eu, por qualquer motivo que seja, e pode até ser patológico que me importa?!, não sinto solidão. O efeito colateral de quem ama ficar à vontade consigo mesmo, é que esta coisa da solidão é espaçosa e aos poucos invade sofás, canais, camas e qq espaço físico em que um ser, de carne e osso, possa ocupar. Digo mais. A solidão é espaçosa e ciumenta. Tem ciúmes das coisas tão suas e implica, como uma tia velha, com os pilares de seu governo.
Conheço gente que sofre da solidão doída de quem está sempre rodeado de outras "gentes" e sente o inferninho do vazio a lhe cutucar a alma. Tenho uma tia assim, que chora a própria dor por ela causada. Que nunca se sente plena pois está sempre a contar qual dos membros de seu clã está a causar-lhe tamanho mal-estar. Esta solidão não é amiga. Esta judia de quem não a compreende e de quem não entende seus gestos altruístas.
Esta tia vive a lamentar a falta de um, a morte de outro, a viagem de um terceiro. E como o time nunca há de se completar, ela vive a se torturar.
Até minha solidão que é amiga e opcional, está a me causar preocupação. Não que eu viva isolada. Tenho muitos amigos e uma família que, se de nada vale, pelo menos dá-me a sensação de paz quando vão embora... Mas há tempos tenho pensado nesta coisa que muitos me falam - e quando muitos falam a mesma coisa, se não é falta de assunto, seria a tal da sincronicidade (neologismo de supersticiosos criacionistas)? - que o homem não nasceu para viver só.
Se fosse assim, nasceríamos aos pares e morreríamos idem. Mas não. Quando lançados do aconchego materno para o planetinha azul, embora amparados por pai e mãe, somos todos sozinhos. E assim permanecemos vida afora. O amor por um, não faz olhos e coração cegos para a flechada do cupido que espera na virada da esquina. Não se morre coletivamente - a não ser nas grandes tragédias da humanidade. A função da solidão é soberana a da reprodução. De um coito faz-se outro ser. E pronto. Eis a função do acasalamento. Já a solidão não para por aí.
Enfim, argumentos de quem está bem consigo mesma e acha que ainda está pra nascer o homem que justifique o abandono desta teoria.

12 de fev. de 2009

e na 3@ tem Manu Chao

Wax Poetic again, and again, and again


Taí um pouco do que verei amanhã na Wax Poetic...mistura de trip hop e eletrônica com o improviso do jazz americano e participação,de novo!, de Otto, a esfinge.

11 de fev. de 2009

Modéstia pouca é bobagem

Quando eu nasci, lembro que a última coisa que ouvi ao passar por aquele Túnel Branco que tanto leva ao Mundo dos Vivos quanto ao Mundo dos Mortos, foi uma voz masculina dizendo: você vai dar muuiiiito trabalho ao seu biógrafo, minha filha!!!!!
Não foi nada daquilo que outras pessoas que não posso revelar o nome disseram que ouviram. Tais como: terás uma vida pacífica e cheia de filhos! Ou então: ficarás rico e famoso.
Não, o que eu ouvi foi um enigma. "Darás muito trabalho ao seu biógrafo, minha filha!!!"
Cá estou a pensar que raio de acontecimento pode ser tão maçante a alguém que queira escrever sobre mim. Não sem antes agradecer o ilustre que se meter nesta enrascada. E não sem antes opinar que uma biografia póstuma é muito menos interessante que uma cuja pessoa está a respirar e a pensar.
Biografias de gente viva podem render um excelente produto de marketing. Podem render "Cases de Marketing". Como a bio do Rei Roberto Carlos. Ele não a leu, tal como Sílvio Santos faz com os filmes que indica. Mas conseguiu retirar todos os exemplares de circulação. Você ainda acredita que isso não foi uma jogada de mkt?
Agora, quanto à minha vida, reflito se não deveria realmente vender os direitos autorais à Televisa. Contratar a Thalia como protagonista e ficar a me assistir 10 temporadas seguidas no SBT.
Já posso avistar as manchetes: a verdadeira Maria sem eira e nem beira.
Dali, para um programa de auditório, seria um pulo. A imaginar que Hebe já está com 80 e Ana Maria pelos 60, as perspectivas são boas.
Não me venham com Márcia Goldschimt e Casos de Família. Eu odeio esse papo de mulher carente e homem sem-vergonha. Pra ser franca, sonho é com a Oprah (sabe-se lá como se escreve) e a sua platéia - dizem a mais animada do planeta.
Bem, mas pra tudo isso há de se ter organização. Histórias eu tenho por garantidos 50 anos de vida. Ou seja, 19 a mais que hoje.
O próximo passo é conseguir o telefone de Rubenito, e escutar quanto ele irá me pagar por esta boa história...

Audrey Hepburn, justiça feita

E entre as notícias sabidas e relançadas, uma delas,hoje, faz por merecer.
É a eleição de Audrey Hepburn como a atriz mais bonita de todos os tempos (das últimas semanas).
Minha paixão por Audrey não vem de agora. Vem de criança. Na verdade, condiz com a imagem de criança estranha e autista que fui. Eu amava, idolatrava filmes clássicos, musicais e do gênero. Pra mim, aquelas sessões eram verdadeiros êxtases. Conheci muito pequena Gingers Rogers, Fred Astaire, Ana Magnani, Bette Davis, Anne Baxter, Vincent Price, Susan Hayworth, Barbara Stanwyck, Spencer Tracy, Sidney Poitier, Kath Hepburn, Deborah Kerr, Gregory Peck, Burt Reynolds... enfim, tantos que não caberiam aqui. Mas minha preferida, aquela que eu queria ser quando crescesse, sempre foi a doce Audrey.

Tanto é que hoje, madureza com certeza, tenho tudo da inesquecível intérprete de Bonequinha de Luxo. Mas tudo que é possível mesmo. E, neurose à parte, quando triste e insone, chamo Audrey para me consolar. E lá vem o DVD analisado e pormenorizado "Bonequinha de Luxo". Tenho outros dela. Coleções divididas em Boxes incríveis. Mas nada me faz tão bem quanto as ingenuidades e trapalhadas de Holly. Nada se encaixa mais comigo do que a frase em que ela diz que o "Pobre gatinho! Ele não tem nome! Mas o dia em que eu tiver a minha casa, o gato terá um nome." Ela perdeu o senso de "pertença". E quando, ingenuamente, se aconchega nos braços do amigo vizinho, procurando proteção - mais tarde virá o amor. E como ela mesma diz "É imposível ser infeliz na Tiffanys". Seu passado obscuro é triste. E sua única referência de existência é o irmão que está em batalha. Sua voz de criança cantarolando um dos sucessos de Henry Mancini, "Moon River"...Quando chega a notícia da morte do irmão, Audrey, suas festas e sua pseudo-futilidade, desmoranam e aí... Aí o filme apresenta um final. Feliz.

Estudiosa de Audrey eu sei que ela deve estar rindo deste título - o de mais bela atriz. Ela, na verdade, achava-se feia. Dizia que o seu nariz era engraçado, desproporcional. Achava seus pés grandes. E achava-se extremamente magra. E carregou, para sempre, o biotipo anoréxico adquirido nos tempos da 2@ Guerra Mundial.
Com uma paixão sem limites pelo Balé Clássico, foi reprovada em função de sua altura e por ser considerada "desengonçada".
Audrey enfrentou muitos obstáculos ao longo de sua vida. Sempre humilde, achava-se incapaz de contracenar com Gregory Peck em "A princesa e o Plebeu", apesar de seu desempenho ter surpreendido o próprio ator.
Foi hostilizada por Capote, o autor de Bonequinha de Luxo, que queria a amiga Marilyn Monroe como a Srta. Holly Golilight.
Teve 2 casamentos. O filho único com Mel Ferrer. E aproveitou sua fama para chamar a atenção das terríveis condições de vida das crianças africanas. Nesta época de dedição intensa, esqueceu-se de si mesmo e morreu,vítima de um câncer, apenas 3 meses após ter descoberto.

Audrey querida, que o mundo nunca a esqueça.

O que é Wax Poetic

Wax Poetic é uma grande jam session, na qual músicos talentosos juntam a magia do jazz ao vivo com grooves da música eletrônica e a poesia do hip hop. Essa é a viagem musical de Ilhan Ersahin, saxofonista e tecladista sueco que vive em Nova York.
Para ele, a idéia era colocar pop e rock junto com jazz freestyle e hip hop. Misturar culturas, como ele vê acontecer na cidade que sedia o projeto. Mas ele fez mais. O grupo ajudou a revelar a multipremiada Norah Jones que participou do porjeto por dois anos.
O repertório vai das batidas eletrônicas mais rápidas até suaves melodias jazzísticas comandadas sempre pelo teclado de Ilhan Ersahin. Assim, a banda apresentou Beauty, Tommy, Swing Swing, You And I e Sad Song.

*Extraído na íntegra do site Terra

Wax Poetic, o sax, Otto e eu

Sexta-feira vai render.
Vou analisar o que vai sair dessa coisa inventada pelo saxofonista Ilhan Issahin, de origem árabe e nascimento sueco que, em sua 3@, 4@ ou 5@ edição no Brasil, irá se juntar ao intraduzível Otto da fase pós-Negrini, no negócio chamado Wax Poetic.
Hummm... será muito interessante. Só falta mesmo o Gerald Thomas. E uma tecla SAP.
Mas vindo de Otto, deverá ser, no mínimo, engraçado.
O cara é inteligente. Pensa coisas que ninguém pensa. Aliás, alguns devem pensar, mas ninguém tem coragem pra dizer.
Mas eu juro que vou tentar entender, contextualizar e abstrair alguma coisa. Mesmo que essa coisa seja o nada.
"Soda" é guentar nego que acha que entende e vem com papo-cabeça pra cima de você. Discutir a adoção mundial do Esperanto como língua do Planeta Terra.
Não existem muitas coisas que despertem a minha atenção ou causem surpresa. Acho que sou muito "Lavoisier"... Não tive saco pro Zeca Baleiro e seus chapéus da Alice no País das Maravilhas. Deu sono.
Mas Otto tem uma coisa que poucos têm: originalidade e nenhum juízo repressor.
E isso, pelo menos, tira o show do roteiro previsível.

Serviço: Wax Poetic, Jokers, sexta-feira. Ingressos a R$ 20,00.

Estupidez: minha versão

Meu bem, meu bem
Use a inteligência uma vez só
Quantos idiotas vivem sós...
...Eu sei porque
Sua estupidez não lhe deixa ver...
...Quantas vezes eu tentei falar
Que no mundo não há mais lugar
Para quem toma decisões na vida sem pensar.
Conte ao menos até três
Se precisar conte outra vez
Mas pense outra vez
...Sua incompreensão já é demais
Nunca vi alguém tão incapaz ...

Há alguma falha conectiva em meu cérebro. Hoje tive certeza absoluta.
Sou incapaz de muitas coisas. Coisas que TEIMO em fazer. Pra quê? Pra me testar e comprovar o quanto eu sou estúpida.
Foi assim com o episódio da lâmpada. Uma simples lâmpada onde o bocal estourou e eu, metida e neurótica, fui tentar arrumar sozinha. Vcs já sabem o final: quase dei um curto-circuito na casa e tive que chamar um técnico.
É assim quando me meto a pintar as paredes de minha casa. Adoro cores. Mas quando vejo o acabamento, meu bem...que estupidez...
E foi assim com meu telefone fixo. Meu Net fone. Mudo há milênios. Comprei vários aparelhos. Caros e baratos. Nenhum funcionava. Chamo o técnico. A minha incompreensão foi proporcional à inversão dos fiozinhos da bateria interna... Nunca vi alguém tão incapaz...
Acontece isso quando me meto a fazer qualquer coisa no meu carro, ou no carro do meu pai.
Falando nisso, esqueci o carro do meu pai na oficina desde dezembro.
Eu devia ter nascido com Manual de Instruções - pra mim mesma.
Eu sou um perigo.
Não preciso de nenhum tipo de personal, só um técnico que me acompanhe 24h.
Eu sempre disse que quando fosse rica o suficiente pra esbanjar, contrataria um motorista e alguém só pra arrumar minhas malas. Mudei de idéia. Eu contratarei um técnico full time.
Estou começando a ficar com medo de mim!

Mas eu sou brasileira (sic!), e não desisto nunca!
...e no mundo não há mais lugar, pra quem toma atitudes sem pensar!...

*Sua estupidez, Roberto Carlos.

9 de fev. de 2009

Mau gosto digital tem limite

O que a internet e a câmera digital fizeram com a dignidade humana?
Será que por conta disso, as próximas gerações já virão sem dignidade?
Por que uma pessoa passa a se comportar como Paparazzi de si mesma, desenvolvendo uma neurose narcisista que lhe faz, compulsivamente, registrar todos os seus momentos em câmera e, não satisfeita, postar em orkut, flickr e tudo mais quanto for possível?
Sem contar que foto dos outros, é chato pacaraleoooooooooooo. Como assistir DVD de viagem alheia. Se fossem ângulos, tomadas e situações inusitadas, ainda vá lá... Mas geralmente é fulaninha ao lado do coqueiro-anão... fulaninhas envergando copos de cerveja... fulanos e fulanas em sorrisos ginecológicos na balada... Penso que parte dos momentos de lazer é perdido somente nesta coisa faz-pose...
Maldita câmera digital. Maldita sociedade cafona. Malditas ferramentas de internet. E aquelas fotos de gente que se acha esperta e finge que está empurrando a Torre Eifel? Ou imagens que não nos dizem nada, mas dizem tudo pra quem tirou... Ai que saudades de Glauber Rocha...
Que saudades da era analógica. Essa coisa pseudo-democrata que é a internet é uma tristeza só...
Não fossem alguns amigos que fiz, acharia o http e desplugaria o mundo.
É como ultrassonografia. Devia ter muito mais graça esperar alguém 9 meses sem saber o que seria. Mas agora, além de saber o sexo, dá pra saber o que o neném faz lá dentro. Dentro de você. Urghhhhhhh.... É nojento aquele monte de perninha e bracinho se mexendo dentro da gente. Parece um alien. É igual ao um alien. E ainda dá pra ver a carinha. Pra que ver carinha de bebê? Todos têm a mesma cara de joelho. Eu tenho uma Teoria sobre estes aparelhos de ultrassom em 3D. Pra mim, é tudo coisa gravada e lançada numa tv "Telefunken" de 1970, pra nego fingir que entende o que médico finge mostrar.
E essa de ultra em 4D. Alguém pode me explicar? Será que eles lêem o avesso do bebê já?

Uma de minhas furadas

No auge do desespero somos capazes de fazer coisas que, antes, negaríamos até a morte.
O que eu fiz foi ainda inflamada pela dor e confusão da morte do meu pai.
Ninguém entende que a dor começa a piorar depois de 15 dias, 1 mês.

Enfim, eu, criação católica em colégio de freiras, com pavor, preconceito e um racionalismo prepotente contra qualquer manifestação que invoque orixás, demônios ou coisas parecidas... Eu, com minhas explicações neurocientíficas para fenômenos desenvolvidos por auto-projeção, no desespero, aceitei o convite de um casal amigo do meu pai e lá fui, com minha tia e um outro primo (que é a vítima de plantão de todas as minhas furadas), a um tal Terreiro...
O lugar era longe. Numa cidade metropolitana. Numa estrada secundária. E lugares sinistros, pra parecer desenho do Scooby-doo, só funcionam à noite. (Ah, claro! minha cachorrinha cofap, a Loló Black Dog, estava junto).
O casal havia chegado antes - pois segundo a lenda - o negócio era movimentado.

Cheguei. Mais parecia o Bali Hai de verão. Rodei atrás de vagas até que encontrei... Descemos. Loló ficou no carro, é claro.
O negócio era um Projac dos babalorixás...
Tinha lojinha de um lado, mini-tenda de outro... tudo muito bem construído e bonito.
E os carros que estavam lá eram, na maioria, de luxo. (Pensei: será que é assim que esse povo fica rico? Chupando sangue de pescoço de cabra?)
Entramos, tomamos nossos lugares. Eu estava morrendo de medo e olhava pra tudo com estranhamento. As pessoas se encontravam, faziam algazarras e por um momento esqueci que aquilo era um Terreiro. Achei que era Rave.
Era uma espécie de picadeiro. No centro, um povo com roupa de vendedor de cocada... aquelas coisas cheias de panos brancos... começou uma música...o povo em volta cantava... Não, pensei eu, estou em esquenta de Ensaio de Escola de Samba.
Passavam pessoas vendendo água e cerveja (acho que pro santo descer mais contente)...
Rufaram os tambores (que meda!!!!). De repente todo o povo que estava disperso foi se juntando no meio do picadeiro... cantando e fazendo aquelas coreografias 2 pra lá, 2 pra cá...
Eu era a única que não cantava nada.
Meu primo, após algumas tantas latinhas de cerveja, já parecia pertencer aos fanáticos...
Um grito: Eparreeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ai Jesus, pensava eu, enquanto agarrava meu escapulário de N. Senhora.
Ameacei ir embora. Minha tia lançou argumentos convincentes: você vai saber do seu pai... (embora no meu íntimo eu visse meu pai desprezando aquela encenação toda).
O negócio começou a pegar fogo no picadeiro. Era um tal de bater cabeça, de cantar, tanta coisa que o Cirque Du Soleil ficaria com inveja...
Foi quando umas figuras vestidas não sei do que saíram do centro e encenaram a dança da chuva, vindo, cada uma, na direção das portas. Eu estava ao lado de uma porta e não me dei conta. O coisa peluda veio chegando e lançou, com toda força, uma adaga que fincou na porta ao meu lado. Eu pensei: que viadofilhadaputa, se me acerta esse maluco???
E eles disseram que o Tranca-rua trancava tudo a partir daquele momento.
Meu coração estava disparado. Eu só rezava pra não encontrar nenhum conhecido,porra!

E o negócio demorava, enrolava, era canto pra mil santos diferentes. Eu já de saco cheio. Falei: tia, caraio, vou sair daqui. Tô com falta de ar, esse fumo de rolo fedido, essa gente histérica, tô passando mal... Ela argumentou que não poderia sair pois o tranca-tudo tinha trancado as portas e ninguém podia se mexer. Eu falei: eu não tô nem vendo ele aqui... E saí, com os olhos de todo mundo nas minhas costas...
Que alívio sentir o ar fresco. No estacionamento, uns 500 carros, sem brincadeira...
Corri pro meu, onde estava a Loló e levei-a pra dar uma voltinha, pois ela deveria fazer xixi.
Fomos andando. Tudo era muito bem cuidado. Ela queria água. Eu não achava uma torneira. Avistei um laguinho, onde a lua cheia refletia. Disse:Loló, um laguinho! Vamos ver! Lá fomos nós...
À medida que me aproximava, o lago assumia contornos estranhos... Não era um lago tal e qual eu conhecia. Como o terreno era cheio de altos e baixos, fomos chegando perto... Não!!! Definitivamente não era um lago. Era um cemitério!!! E as lápides em mármore, onde a lua refletia, fez que eu associasse a imagem a um lago.
Porra, um cemitério. Naquela hora eu me senti o Salsicha e a Loló, o Scooby-doo, de verdade.
Gritei: simbora! pra Loló e saímos correndo. Estávamos longe do circo. Foi quando eu vi um quiosque iluminado e pensei: ufa!!!! é pra lá que eu vou...
Corremos tantos que chegamos rápido. No quiosque só havia um preto velho sentado, de chapéu e cotovelo no joelho. Na sua frente um bandejão e umas velas vermelhas e azuis... Cacete!!!
Era uma entidade qualquer. Eu tava frita! Por onde sai daqui??? Com apenas a lógica de que tudo que sobe, desce, lasquei a descer o morro... Estava muito escuro, não fosse a lua Cheia, nós estávamos ferradas...
Quando cheguei ao carro, me senti no útero de minha mãe... Guardei a Loló e voltei correndo para o circo. Pela mesma porta esfaqueada que o tal do Tranca tudo havia trancado. Quebrei o protocolo e entrei.
Minha tia ainda lá... e meu primo, álcool 90graus, fazendo gestuais pra receber algum santo que por lá passeasse.
Depois de tudo isso, comecei a chorar como uma criança. O velho que estava organizando a entrada pra conversa com os médiuns, me viu e me chamou... e por conta do meu choro, furou a fila pra que eu falasse com uma mulher mais ou menos da minha idade, alguns anos de LSD a mais na veia.
A mulher, acocorada num banquinho, fumando um charutão, me disse: qq cê têm fiá...
Eu: eu quero falar com meu pai!!!!!!!!!!!
Juro que a mulher possuía uma personalidade esquizofrênica. No mesmo instante em que ela ria, olhou pra baixou e voltou chorando..."ó que saudades de vc minha filha...quanto tempo que não te vejo..."
Minha tia estava a fim de brigar, eu percebi... e eu disse: "mas não é tanto tempo...vc morreu na quarta e hoje ainda é segunda!!!"
Ela: "não não minha filha... que saudades de você... não tá me reconhecendo???"
Eu: hã???
Ela: "sou eu, tua mãe"
Eu: "Mas eu não quero falar com minha mãe. Eu quero falar com meu pai!!!! Meu pai!"
Aí minha tia entrou no assunto: se vc diz que é quem vc diz ser, me dê uma prova...
Eu: tia, num provoca o santo pelamordeDeus!!!
Ela, a médium, ria disfarçando uma ponta de raiva. E me abraçava, e chorava.
Minha tia: me diga uma coisa que vc gostava muito de fazer (a resposta era: pintar.)
Ela, a médium: eu gostava de ficar no meu jardim,olhando minhas plantas... (resposta errada: minha mãe odiava jardim, mato e flores. Mas ódio mortal).
Depois disso não nos restou mais nada a não ser sair correndo daquele lugar pra nunca mais voltar.
Claro que não, sem antes, encontrar algum conhecido. Uma perua que trabalhava comigo e que eu jamais em tempo algum, imaginei encontrar lá.
Como ela fez que não me viu e eu fiz a mesma coisa... assim ficou...
E plagiando Padre Quevedo, estas coisas, não EKSITEMMM