13 de fev. de 2009

Se eu pudesse fazer justiça

Tem um jumento ao meu lado
um asno
um jegue
cavalgadura
um burro
um idiota
Como é impossível a sua transferência
lá vou eu a tomar chá de jurubeba para os males fidagais e estomacais que ele me causa
tenho uma vontade uterina de liquidar esta criatura
se ainda estivéssemos nos tempo de bangue-bangue
contrataria Django para exterminá-lo
Já posso imaginar a cena
Django* chega em minha rua, arrastando o caixão onde carrega sua bazuca
Django toca a campainha da casinha onde o jumento loiro, alto, magro e de voz esganiçada habita
Django pergunta se tem pão velho
o asno loiro, alto, magro e de voz esganiçada, mal-humorado como sempre, relincha: Nãouhuhuhum!
Django derruba a grade chamada portão com seus tênis All Star e seu jeans Diesel
A besta-fera loira, alta, magra e de voz esganiçada se assusta, demonstrando algum aspecto humano de sua personalidade insólita
Django adentra a garagem do corno loiro, que é o jegue acima
abre o caixão, examina a bazuca, acende um cigarro de cravo e aponta, com prazer e minúcia, para o diabinho loiro, alto, magro e, agora, sem voz e miserável
Pronto. Está feito. O covarde cai de quatro. Patas pra cima.
Django acena para a mocinha no balcão. Joga-lhe um beijo e pega carona no Telecine Classic
A mocinha chama todos os seus amigos barulhentos,
todos os cachorros e gatos de rua
e juntos, viram a noite cantando e bebendo o morto

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