21 de fev. de 2009

Coice

coice"
2 hábitos herdados muito feios
colocar mão em braseiro
e pé em formigueiro
coice"

***************************************
coice"
d=v . t
deus vê tudo
distância é igual a velocidade vezes o tempo, sendo:
- distância é igual a poucos km
- velocidade é igual a sua vontade (vezes) a minha vontade (sobre) o tamanho do saco de cada um
- tempo é igual a
(acredite, estou tentando comparar tempo a alguma grandeza, há muito tempo. sinal de que não há tempo ou não há grandeza ou não há tempo e grandeza?)
ou sinal que não tem mais nada a ver

* a resposta desta questão está bem na minha cara, página virada.

Minha afilhada é uma anã disfarçada

Roberta foi abduzida na escolinha. No seu lugar há uma anã intergaláctica que finge ter 2 anos.

Terça-feira, 17 de fevereiro de 2009:

- quem sou eu?
- a madinha
- mas como é o nome da madrinha?
- tia
- Nãããoooo. Como a madrinha chama?
- "tia madinha"

ainda na terça:

...então, quando a Betinha fizer 7 anos, a madrinha leva na Disneylândia pra conhecer o Mickey Mouse... você tem quanto? (ela mostra 3 dedos da mão, diminuo 1, ficam 2. Mostro a mão cheia de dedos, e os dois). Isso "é" 7 anos. Isso é quando a Betinha crescer, tá?
...tá


Sábado, 21 de fevereiro de 2009, pelo telefone:

- quer passear com a madrinha?
- tia madinha, eu "kexer já" pode passear Mickey.


raio, raios e uma lembrança que a chuva trouxe

Vaiii, teima
teimosa, irredutível, obstinada, resistente
não acredita que raios queimam coisas
coisas encaixadas numa placa retangular com 2 buracos na parede
cheias, lotadas, repletas, plenas e satisfeitas
de energia Poltergeist.
chove em curitiba
a cena que vejo agora, é a mesma de anos atrás
chuva cai, triste e cinza e lava a minha rua azulada
lava minha alma também?

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Quem sou eu pra desafiar raios e trovões?
há tanto tempo que nem sei, neste mesmo verão de imensa carga d´água
láááá no sítio da gente - aquela gente que ainda vive lá, na divisa do RJ com Minas
do mesmo jeitinho
a gente corria a colocar os pés afastados da parede
do chão, do teto e de tudo que tivesse contato, atrito com o solo
solo que tivesse contato com a água e com o ar, com o céu e tudo mais
porque os raios lançavam braços de todos os lados
eu juro!
e podiam nos pegar
meu pai desafiava os raios
e ficava nadando. água, morros, raios e tempestade
sem piedade
solidária, entrava com ele n´água - se ele morresse eu morreria também
aí seriam 2 para o raio matar
muito trabalho, talvez..
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isso não parava o trabalho na casa
chinelos de borracha protegiam os very machos
como o S. Martinho, que tanta gente que já morreu achou que o homem
não iria longe, de tanto beber
os saudáveis se foram
mas enfim, volto à cozinha da casa velha do sítio
onde S. Martinho passa café fresco pro doutor que chega na chuva
de roupa branca de médico, cachimbo
e seu fusca branco
o carrinho vem carregado
o doutor sempre foi farto
mas dificilmente trazia coisas que crianças gostavam, como biscoitos, balas e porcarias
ele trazia carnes do S. Geraldo, compras da Bramil de muitas massas, azeites, goiabadas e coisas assim
a não ser quando minha tia colocava na lista: BISCOITOS FRU-FRU
que é como mãe, tia e avó minha chamam biscoitos wafflle
minha tia ainda chama. No céu minha avó e minha mãe também.
humm, café fresco do sítio... que aroma. que paladar. que calor.
pra acompanhar sempre tinha um biscoito, um bolo ou qualquer coisa assim
feitos por mãe
o doutor trazia tantas novidades da cidade, que toda gente ia a se juntar em volta da mesa
mãe, tia, pai, primos, cunhados e quem mais estivesse por lá
"fulano apareceu hoje na casa de saúde (a casa de saúde é o lugar onde os sem-saúde vão);
mulher do s. dito descobriu a outra; tem campeonato de buraco na casa do Bina; dia de Reis vou a Machado, casa de Olaci, irmã que tá SÔzinha, Hildo (meu pai) vai junto, guiando o "pois é" ("pois é" é como ele chamava o fusquinha, e como quase todos os mineiros do sul de Minas chamam quase todas as coisas); cadê Paulinho?come isso não meu filho, você num sabe a procedência (ele usava muito esta palavra: procedência); num vi Apache não, cadelhe? (Apache, o manga-larga marchador de estimação)... e assim ia
enquanto s. Martinho contava alguma fofoca de outros empregados do sítio
pra puxa o saco do doutor
e enquanto assava milho na brasa
e buscava baldes de mangas fiapentas e deliciosas
e enquanto alguém não lembrava que pamonha boa era a de Minas
pro meu tio inventar a pamonhada
e lá ia ele, pai, Martinho a ralar milho e a falar de mulheres
que não é porque morreu/morreram, que viraram santos
meu pai e ele eram mulherengos demais
e por isso mesmo, repressores demais com as 2 únicas mocinhas da família: eu e Adriana
a cozinha sempre estava quente, e acesa
o chão era de cimento queimado
foi casa de escravos
3 cômodos apenas, emendados
e enormes
cozinha, quarto que guardava mercearia seca e servia de esconderijo pra alguma cobra
e banheiro
o telhado se estendia para fora, criando um área externa do mesmo tamanho que a casa, só que sem paredes
lá paravam carros, mesa pra todo mundo, churrasqueira e pia velha onde dormia Zapata, o velho pastor alemão, e pia nova, onde não dormia ninguém
a casa, como toda família Mannarino, não tinha ritmo de gente
acho que o fuso de todos eles ainda era calabrês
então o almoço saía às 4, 5 h da tarde
minha avó era servida antes, pela minha mãe
lá por altas horas o jantar
ou de madrugada, quando o doutor voltava, ou o Hildo, ou o Paulo, de algum lugar
e inventavam alguma mistura de arroz-feijão-requeijão-bife
mesmo quem torcia o nariz não guentava o cheiro
nunquinha que alguém teve indigestão
madrugada era violão, piano pela vovó e tia-avó, ou ensaio da banda do meu primo, que guardava tudo lá na casa nova, a casa separada da velha por 10m de concreto plano, impressões e datas de tios que rabiscam no cimento fresco
que era onde a gente dormia - não no cimento, mas nos quartos, que tinham bem abaixo o cimento
ou então inventa-se um forró,
e aí todo mundo dançava com todo mundo
quem dava show era meu pai e minha mãe, dançarinos de primeira
eu não dançava nada. ballet clássico deixa menina desengonçada.
como arrastar o pé se a vida inteira ouvia pra andar na ponta do pé, esticando beeemmm o arco dos pés?
aventura era uma coisa tola
sair de madrugada comprar sorvete na parada
da BR-040 e na volta, contorno da estrada
apagar luz do carro e ficar quietos, debaixo do viaduto
pra ver quem o medo pegava primeiro

coisas de quem viveu no sitiozinho Santa Paula, divisa de algum lugar

Adeus (5 letras que choram)

ok, mas atenção, essa notícia vai mexer com você
vou-me embora, não é pra Passárgada
destino: Tocantis
motivo: raso, fútil e bizarro (palavra muito dani)
contece que alguém achou por bem eleger Curitiba a capital gay
epa, nada contra
a não ser que aí eu estou perdendo a minha fatia no bolo publicitário
a-ham
lá não tem nada pra fazer (ouvi dizer)
mas isso não é problema, desde que tenha net
ah, se fosse hoje, o Náufrago teria ficado nem 3 dias nakela ilha
alguma coisa nele teria GPS
até eu tenho, e não sei o que fiz, estraguei
você acredita, sinceridade, quando vê aqueles adesivos:
"veículo rastreado por satélite"?
eu não. Meu primo fez uns tantos assim
eu não acredito em mais nada
em Deus sim.
a tendência mundial é que nossas bundas aumentem de tamanho
enquanto o msn não mudar de formato
ah! Carmen disse que se tivesse uma bunda igual da Carla Perez, o último lugar que iria aparecer de xórtinho (assim tupiniquim) seria na TV
a questão é que, segundo nossa reflexão, ela acreditou no poder da sua bunda
que a bunda dela era maravilhosa
e todo mundo acreditou
hipnose coletiva primária

e a data da viagem ainda não está marcada

Ritalina dá nisso

aiaiaia
tô aqui divagando na internet
como se eu não tivesse absolutamente nada pra fazer amanhã
só que eu tenho. e lembrei agora
agora que o passarinho tá cantando
não importa quantos passarinhos o Galileu mate (meu cachorro número 5), eles sempre cantarão
clichê?
but, lembrei que eu marquei com a Pati C. de manhã
poderia ser agora então
e com a Fer o churras em que se eu furar de novo
to jurada de morte
aliás, reencontrei sabe quem????
Djangooooooooo, Franco Nero com seu péssimo inglês
eu casaria com o Django, tranquilamente
preciso de alguém pra me proteger
entrego os pontos totalmente
cansei de ser the powerultramegatuttifruti-woman
Carmen disse que eu me exponho demais no blog
mas que é viciada nele
ela é tão, mas tão reservada que os comentários envia por email
ao invés de publicar lá, junto conosotros blogueiros
enfim, vcs nem vão acreditar, mas encontrei alguém que a-do-rou o filme do Django
tanto quanto é possível, tanto quanto eu, e meu pai
o Daniel Vasques (
http://www.dque.blogspot.com/)
causa disso ele foi contemplado
às 4h30 do sábado de carnaval
(ele, um legítimo menino do Rio)
com um DVD del Djangooo
e não é que o submarino é um site idiota mesmo?
pede referência de Copacabana como se fosse uma aldeia Oiapoque
Cristo Redentor!
e eu sei que tenho que pensar que todos somos irmãos, e se minha ira
tivesse espaço pra acontecer no momento em que acontece
eu seria promovida a qq coisa muito capitão Nascimento
aliás, eu casaria com ele
com o Wagner Moura, não com o Cap. Nascimento
mas essa raiva não é pelo submarino
é pela provação terrena que acha que só pq perdeu o rabo não é o diabo
que é o meu vizinho
bom dia flor do dia

O que deu errado em mim, de novo, parte 3

eu sou a versão feminina do Inspetor Clouseau do Peter Sellers
ou o memorável filme dele, um convidado atrapalhado
sou eu, já me conformei
Como disse sabiamente a Carmen, "tem gente que basta existir pra causar confusão"
sou eu (mas a conotação era outra)
eu não causo constrangimento a ninguém, só a mim mesma
tudo começou quando eu cheguei no Babilônia e a Carmen não estava
ela é pontual, germânica
se fosse eu, atrasada, ahhhhh que novidade!
mas ela? bom, esperei esperei até lembrar que eu tinha um celular e nele, o número dela
o óbvio
ela ainda estava em casa e eu disse: tá, eu vou esperar aqui fora pq tá muito calor
não era isso
mas eu precisava de um bom motivo, e alto, pro porteiro, segurança e manobrista não acharem que eu sou estranha
só porque eu não podia me mexer
pra não chamar muito a atenção
mas querer uma coisa, é fazer o contrário acontecer
pra todo lado que eu ia havia luz, muita luz (e nenhum túnel com gente morta acenando)
bem, eu estava com um vestidão tomara-que-caia (nomes...) arrastando pelo chão
como eu sou Gabriela eeee, meus camaradas... na passada rápida pela casa do meu tio, poquinho antes, pra ter liberdade de movimentos (tipo Always) eu fiz o de costume: prendi o vestido nas laterais da calcinha
fica estranho mas e daí? dá pra saber que tá preso na calcinha, mas e daí? Daí que eu desci no lugar com luzes que pareciam o tapete de entrega de algum prêmio, com o vestido preso pelas laterais porque eu havia esquecido de soltar... se vc não imaginou, eu digo: fica muito estranho
aí eu pensei: PQP! q "m...", vou encostar naquele cantinho e soltar o vestido, que não era muito simples, porque o pano tinha um forro que embolou até o meio da minha barriga
cheguei no cantinho (o único cantinho escuro) de costas e já querendo soltar tudo e não vi o outro manobrista fazendo hora, justo ali... o que??? ele achou que eu ia agarrá-lo ou coisa assim, mas dane-se...
tá, saí e esperei no tal banquinho...
cansei de esperar, entrei de lado e fazendo diversos movimentos com minha maxi bolsa pra olharem pra tudo!, menos pra quase burka que eu usava
ahhhhhhh, sentei
onde não podia
putzzzz, a mulher quis que eu fosse pro salão cheio, o central, iluminadíssimo
será que ela não entendeu que meu vestido estava me possuindo????
e fui pra mesa indicada: a primeira que, pra quem entra, é a última
os 5m mais longos do universo
sentei
Carmen vem, Carmen não vem
daqui a pouco vem um torpedo do além, de um número que eu não conheço, com a foto de um cachorro igual a Lolló e um pé
eu demorei pra juntar tudo e respondi: quem é vc? e o que vc está fazendo com uma foto da Lolló? é um pedido de resgate?
Ninguém respondeu e eu esqueci
enquanto isso, a índia aqui aproveitou que a toalha era longa o suficiente pra cobrir meia mesa e, claro, dobrou as pernas sobre a cadeira ao lado, prendendo o pé na madeira da cadeira
ai que bom... até o garçom passar correndo, esbarrar na cadeira e puxar todas nós pra baixo da mesa: eu, minhas pernas, meu pé engatado na madeira e a cadeira
q coisa. devia ser proibido levantar depois duma cena dessas.
Carmen loira, alta, olhos azuis e ofuscantemente linda chega e aí foi tudo bem até eu voltar pra casa
que estava escura quando deveria estar tudo claro (aceso!), com a chave geral de luz mexida e eu acordar meus tios e chamar a polícia
que demorou sei lá, 40minutos...
era pra eu ficar fora de casa,esperando
mas cansei, entrei, não vi ladrão nenhum, esperei a polícia enquanto falava com o Dani no msn e isso é mais um dia na minha fácil vida nada mole, ou coisa assim
e eu ainda acho isso tudo um tédio