30 de mai. de 2009

Pessoas, muitas pessoas

Outra coisa muito estranha e talvez engraçada e que só dá certo porque a parceria é inusitada são os diálogos dos amigos estranhos e distantes.
As vezes tenho impressão que enqto ela fala sem parar e mistura assuntos extremos, o amigo de lá sai passear com o cachorro, lê o manual de futebol americano e até, talvez, durma um pouco...afinal já está bem claro que entre uma argumentação e outra a pessoa se confunde e o diálogo é permeado por "hehehes" e "sei".
Há de se registrar o fato muito curioso: tem ele, de tempos pra cá, promovido confusões nas suas argumentações. Sim, vc mesmo meu amigo, tem deixado a criatura um pouco mais confusa. Talvez seja a convivência virtual, mas algumas coisas que o amigo diz tbém tem começado a não fazer sentido algum, e outras vezes, total sentido.
Mas ela já pensou:
- e quando eles não tiverem mais estes diálogos insanos? Quando a vida de outras pessoas o levarem para o "amanhã eu vejo como ele/a está" e este amanhã chegar muito tempo depois...E somente um dia, muito além, eles se lembrarem um do outro? Numa daquelas situações tipicamente normais em que o telejornal denuncia alguma notícia da cidade do amigo que os fará pensar: puxa...tenho um amigo lá...
E aí pode ser que a tentativa de contato encontre o amigo com mudanças tão grandes em sua vida que a cumplicidade seja apenas uma lembrança do passado.
Mas quem há, nesse meio tempo, de cumprir este papel importante - pelo menos para ela - de sustentar os delírios sem cobranças e responder positivamente aos medos um do outro?

Pessoas têm funções diferentes em nossas vidas. Há os amigos de todo dia. Aqueles que vc acorda e lembra que não pode mais viver sem, pois são parte de vc.
Há os amores e paixões, que podem vir acompanhados da mesma cumplicidade, o que é difícil já que, em determinado momento, sentiremos a necessidade de falar daquele ser que amamos a outro alguém.
Há aquelas pessoas que nos dão força pra seguir em frente e nos dão certeza da nossa existência porque comprovam nosso passado. Podem ser os pais, parentes ou pessoas escolhidas com esta finalidade.
Pessoas que colocamos em nossas vidas para nos proporcionarem lições amargas.
E há a pessoa dentro de nós que precisa ser bem cuidada, tratada e jamais abandonada, porque sem esta pessoa simplesmente todas as outras não podem existir.

ESTRANHOS SE ATRAEM

Antes de ontem meu amigo, um dos amigos de verdade mesmo, disse ao telefone:
- sabe, td mundo me acha estranho...pai, mãe, mulher, ex-mulher, filhos...

Meu caro amigo, não precisaria ter dito isto justo pra mim...Como eu posso achá-lo estranho SE sua estranheza assemelha-se à minha, o que nos torna "normais" dentro de nossos parâmetros? Estranhos são os outros? Ou o INFERNO SÃO OS OUTROS?
Tbém está ficando cada vez mais evidente que a contestação e inconformidade dela (não é ele, o amigo, é a pessoa que talvez somente o Daniel saiba quem é) tem ficado incontroláveis e aberto caixas de diálogos que se abrem numa infinidade de significados sempre precedidos da expressão OU.
De tanto debochar de Caetano acabou ficando igual. Excesso de empatia dá nisso. Esta maldita mania que a pessoa lá tem de dizer: isto é assim por causa disso e disso...E depois da argumentação solidamente convencer a plateia, ela para e, num redemoinho de pensamentos desordenados, promove outra discussão do tipo OU NÃO...
É como a reforma ortográfica: tds os pseudo-intelectuais de almanaque como ela correram pra se atualizar, embora esteja quase certo que esta Reforma só será definida em 2012 e que Portugal já declarar não aceitar... pelo sim, pelo não...haverá uma miscelânia de palavras escritas de forma correta ou não.
Ou não. Como o trema. Indignação foi ter caído o trema. Pra que servem este dois pingos suspensos e paralelos do meu teclado então? Não sou alemã e a prima chamada Müller é chamada antes de Andrea, então isto se torna muito confuso.
Como a cabeça da pessoa.
Bom mesmo é ter certezas absolutas e uma cabecinha fechada.
Ou não?