27 de jan. de 2009

TONHO CROCCO

com Ultramen ou sozinho, é muito bom.

Auto-confinamento

De vez em quando eu faço dessas.
De vez "em sempre".
Meus amigos sabem disso. E são tão amigos que ainda sabendo desta minha característica tão egoísta, continuam amigos.
Nem eu sei o motivo.
O que eu faço, e que todo mundo sabe, é entrar no meu casulo e ficar algum tempo.
Eu entro em quarentena social, emocional. O período sabático.
Agora é mais fácil me achar por causa do msn.
Mas nem todos têm.
Nem todos têm meu orkut: outra evidência de minha síndrome. Como me achar pelo nome do meu cachorro fã do Led Zeppelin?

Eu sou um caso de intensa terapia. Reconheço. O Dr. Menyr, "o terrível", também reconhece. A última vez que discutimos isso - aliás - em que ele discutiu e brigou comigo, eu me isolei: dele.
Mas agora já estou ensaiando voltas. Ele sabe.
Se não tivesse entrado novamente na caverna, já teríamos conversado.

Bem, eu não sei porque entro nestas fases de me relacionar apenas com o necessário: os amigos invasores, a empregada, o pessoal da agência, poucos familiares e, obviamente, meus cães e gatos. Além, é claro, do gerente do banco.
Infelizmente até nos meninos das bandas dei o cano - nos shows. Mas claro, na circunstância em que minha presença só serviria de platéia, não seria nada comprometedor. Tenho estes períodos introspectivos. Não, não sou bipolar. Só que tenho esta tendência.

Nesta fase, os livros ao lado da cama que temporariamente ocupo (sim, eu sou hóspede em minha própria casa. Às vezes faço a sala de tv de dormitório. Outras, o quarto de hóspedes - onde estou hospedada há quase 20 dias-, muito raramente meu próprio quarto...) vão se empilhando numa montoeira de leituras diversas. A cada dia aumenta a pilha, porque nestas fases os livros me fazem companhia.

Eu sou esquisita mesmo. Tenho fases. Aliás, nunca fiz uma análise observando se estes períodos de reclusão coincidem com que lua. Tem gente que leva estas coisas a sério. E é por causa deste tipo de gente que lemos notícias como: consumidores de sucrilhos Kellogs´ há mais de 20 anos têm 33,3% de chances a menos de desenvolver a síndrome do pé inchado... O que acho de mais interessante é alguém consumir o tal produto religiosamente durante tanto tempo; o outro alguém observar e abstrair alguma informação (geralmente inútil) e outro tanto de gente consumir sucrilho de mentirinha e se tornar percentual de efeito placebo... Enfim, divaguei...

Será que mais alguém é assim?