31 de jan. de 2009

Igual a namoradinha de um amigo meu

Um tipo que me assediou dia desses argumentou assim: "mas a "não sei quem" não vai durar para sempre (como se isso causasse medo em mim... Não tenho medo da solidão, porque não sinto solidão. Mesmo quando estou sozinha, adoro a minha companhia)... Eu respondi: nem eu e nem você iremos durar para sempre...Ele insistiu: mas a probabilidade é que fulana(o) vá antes e aí... E aí que neste ponto eu fiquei irritada com a cartomante que baixou no cara, e disse: na minha vida não existe probabilidade, existe oportunidade e fato. Só. Minha história é a prova disso.
Que droga! Odeio gente insistente. E odeio brigas e ofensas. Mas odeio muito mais gente teimosa, que não sabe argumentar ou não percebe a hora em que o show acabou... Logo, uma criatura dessas me tira do sério!!!
Aí ele veio com uma pior: o coração tá fechado?
Que mané coração??? Tá nem fechado e nem aberto. Aliás, complementei, tá ocupado. Mas o cara nem sabe que eu existo (por que eu tinha que contar este detalhe???)...

Como insistente não perde a chance, falou: pois é, mas eu tô aqui e sei que você existe.
Só faltou eu mandar o cara pra Tuktoyaktuk!!!! (nome do CD à venda nas Americanas.com, da melhor banda dos últimos tempos da última semana: BRASOV, do myspace/sitiobrasov).

E aí, como cartada final, veio aquele: vc já está com o que... 31 anos???? PQP!!!

Porque a pessoa certa não quer nada comigo???... Porque se quisesse, eu seria uma namorada tri-legal, pois sou reconhecidamente carinhosa e pra cima (modéstia pouca é bobagem)... Porque se ele me desse bola, eu não teria que aguentar este papo aranha. E porque se ele, enfim...eu talvez até abandonasse minha filosofia existencialista e seria igual a namoradinha de um amigo meu!

30 de jan. de 2009

Quando foi que eu deixei de ver desenhos nas nuvens?

Nosso natal de ontem


Pati Correa e Fer (ainda sóbria)





Marina, eu e Pati C.







Eu com o copo assassino

O tal blog não é meu

Verdade. Acabei de ver um tal blog supostamente meu, de iniciais "f-u"...
Putz... tava lá na minha lista de blogs há tempos, mas eu achei que era coisa do Luiz, pq o "rico vocabulário" é do Luiz. Como naquela época das fotos do orkut estava rolando sacanagem "decente" entre amigos, achei que era mais uma. E assim deixei, até agora.
Mas de qq forma, resolvi abrir aquele conteúdo, que continha um texto ninfomaníaco e mexi no que deu. E como deu.
Praga é assim. A gente não consegue matar tudo de uma vez.
Como no caso do meu "msn" clonado que vivia me expulsando das minhas próprias conversas ao entrar...
Lia, não é coisa do Luiz, apesar de ser bem Tiaciróba. Mas a gente imagina "com certeza" quem esteve por aqui... Sorry.

E hoje foi o nosso natal

Ainda não tenho as fotos pra mostrar pq minha bateria estava no fim. Amanhã pego as da Fer.

Mas hoje, finalmente, aconteceu o natal com minhas queridas amigas. E foi num boteco de nome esquisito, mas bem conhecido meu. Numa mesa de fórmica de cor vermelho-tomate, com cadeiras de uns bem conservados 30 anos, da mesma cor e de um plástico brilhoso. Com vassouras penduradas no teto, baldes de outro lado (tudo bem que é cenográfico, mas parece que não). Como eu gosto. E como era o nosso natal, houve trocas de presentes e, no cardápio, cerveja, bife azedo, carne de onça e coca-cola light...

Comos todos os nossos encontros, bom demais. Sabe aquela categoria de amigos(as) de verdade? Mas amigos messsssmo. Ênfase. Em negrito. Porque nesse mundo tão plural, com tanta gente em volta, tem-se mais quantidade, que qualidade. Ainda mais entre mulheres (competitivas por natureza). Não, elas não são aquelas amigas de "oba-oba", conversas superficiais ou amenidades. Estes assuntos também aparecem, mas espontaneamente, no meio de confidências ou conversas tensas. Assim como surgem, de repente, as risadas e piadas. Numa sinfonia de expressões totalmente dissonantes mas, no resultado final, harmoniosa.

Não canso de falar isso. Talvez, em todos os nossos encontros - assim, em volume, com o número completo de gurias (4) - eu vá repetir esta mesma ladainha. Mas é porque é tão bom poder ficar à vontade, sentir "sinceridade", que mal a gente vai embora, já dá saudades.

29 de jan. de 2009

"a futilidade é o que salva a vida"> cazuza


De algum lugar que achei engraçado


isso ajudaria?



Tempo

Eu consegui acordar cedo. Aliás, eu mal dormi porque como eu sei que me saboto em relação ao horário, programei o despertador pra bem antes. Atitude idiota, já que faço isso só para ter que acionar o "soneca" mais vezes (soneca é um dispositivo que oferece mais 5 minutos de sono - que, aliás, comprovam que tempo é relativo, já que os 5 minutos pra levantar levam 60s pra passar...).

Ainda pela manhã chegou o eletricista (e eu nunca esperei tanto por alguém!). Ele consertaria a iluminação da sala em menos tempo (outra vez, o tempo), caso eu não tivesse invertido a posição dos fios e esquecido o terra...isso pra provar que eu sou metida e achei que entendesse alguma coisa sobre eletricidade.

Depois eu fui fazer o que tinha que fazer e isso incluiu ir atrás da Carmen (e não encontrar = perda de tempo) e em seu lugar encontrar o arcebispo do RJ, D. Euzébio (garantia de tempo em algum lugar?). Ele é bonzinho, vermelhinho (não é o Papai Noel) e abençoou meu escapulário.

Como eu já havia feito bastante em pouco tempo, achei que teria tempo de fazer outra coisa que venho adiando. Aí cheguei na "incerta" e a pessoa não estava = perda de tempo de novo.

E, sinceramente, esse post foi só pra matar este intervalo no meu tempo.

P.S: se bem que tenho novidade. 1 novidade. "A" novidade.

Fim do período sabático

"O Sabático vem do hebraico "shabbath", o dia semanal de descanso da tradição judaica. Na antigüidade, os judeus também guardavam o ano sabático, período em que a terra não era cultivada para que descansasse. Eram seis anos de plantio e um de repouso, ciclo que garantia a manutenção da fertilidade da terra por muitos e muitos anos..."

Acabou meu período de clausura. Vou-me embora pra Passárgada...

28 de jan. de 2009

Layout

Só por hoje resolvi mudar a cara do meu blog. Fiquei com cara de tablóide de ofertas do Wal-Mart, mas dane-se. É só por hoje mesmo.

Síndrome do Clique

Eu não resisto. Clico uma vez, e se o negócio não responde rápido, clico em seguida.
Várias vezes - mesmo sabendo que estou travando a máquina com excesso de informações e que, se ela resolver atender meus pedidos, irá abrir milhares de janelas idênticas, a se enfileirar no rodapé da página.
Mas é mais forte. Antes de eu pensar em saber qualé a causa, eu já cliquei. Ou mesmo sabendo que eu não deveria fazer isso, eu faço.
E isso acontece com a minha boca. Às vezes eu sei que não devo falar tal coisa, mas quando vejo, já saiu.

Listas

Eu tenho mania de fazer listas.
E mania de perder listas.
Que são feitas em qualquer espaço suficientemente bom. Vale desde o espaço em branco do envelope do banco, até o post-it da agenda. Por isso, perco minhas listas.
Por isso, também, resolvi comprar um caderno pra fazer as listas. Mas já perdi o caderno. E junto, a lista de coisas...
Também costumo escrever na mão. Isso acontece quando estou com pressa. Como sempre estou com pressa, mesmo quando tenho tempo, entro no carro e jogo a lista displiscentemente em qualquer lugar. E perco.
E então lembro de algo importante que estava na lista que não acho nunca mais. E aí vem a coisa de escrever na palma da mão.
Mas quem segue fielmente uma lista? Alguém muito paranóico? Ou alguém muito organizado? Têm coisas que são feitas pra se perder: guia de exame médico, telefone de amigo que a gente encontra na noite, a anotação ou o objeto que você precisa urgentemente encontrar naquele momento...e, claro, listas.
Dia desses eu fui conversar com meu ex-chefe. Como aprendi com ele a ler informações importantes de clientes em papéis de cabeça pra baixo ou coisas que tais, numa espécie de espionagem industrial bem tupiniquim, não resisti e abri o seu bloco muito chique (Montblanc) de anotações. Ele sim é uma pessoa que usa listas. E não perde. Mas nesse instante eu percebi a pequenez de nossa atividade, pois o seu "check-list" era idêntico ao de 7 anos atrás, mudando-se o cliente. A lista de coisas, a mesma: apresentar preview de investimento do mês tal...atualizar linguagem do site tal... reunião com fulano sobre projeto de intervenção ao planeta Marte...

Será uma justificativa à minha própria preguiça pensar que a vida é muito maior que uma lista?

Ao A.


Não é um "peep toe", mas é a tal imagem que falei.

Presentation. Mãe. Eu. Burrice.

Amanhã, ou hoje, uma grande apresentação. Vamos colocar à prova, novamente, minha narrativa, memória, presença de espírito e, claro, minha apresentação pessoal. Odeio publicitária que se veste de executiva. O dono da agência - como todos os executivos de publicidade - acham que as executivas devem se vestir de modo suspeito: terninhos...

É cafona mulher de terninho. E é cafona desde que os terninhos passaram a ser feitos em oxford (um tecido sintético com certo brilho, bem sutil, sem personalidade) e, por esse motivo e mais alguns que a indústria textil (caiu este acento?) não me revelou, barato e vendido como chita (tecido de algodão,estampado, barato e ralo). Enfim, eu tenho alguns terninhos tbém, mas meto um All Star no pé ou algum sapato amarelo-ovo (existe este hífen?) e nunca, jamais, uso o terno inteiro. Algo tem que parecer dissonante.

Meu Deus! Preciso recorrer a algum cursinho de português intensivo. Estou com muitas dúvidas. Justo eu, que já fui revisora! Que será isso? Burrice mesmo, deve ser. Excesso de coca-cola entre os neurotransmissores. Ou será falta de neurotransmissor? Se for isto, estou ferrada. Ferradíssima. Conheço beeeemmm o assunto e sei o quanto a neurologia está atrasada em relação a outras áreas da medicina. Ainda que eu não tenha percebido nenhuma evolução em ortopedia - ortopedistas continuam colando ossos(quando dá); rindo de quem confunde luxação com fratura (como eu confundia porque afinal de contas ninguém é obrigado a entender essas piadinhas de nerds) e cortando o que não presta mais. Hummm, mas onde eu estava?

Ah, sim! Em neurologia. Uma área da medicina em atraso. Para o que eles não encontram solução, diagnosticam como degenerativo. Não existe palavra pior no mundo. Não existe diagnóstico pior. É pior que câncer.
E olha que eu já tive câncer. Em 2002. Éééé... eu tenho história. Mas estou aqui.

Minha mãe não teve a mesma sorte. Ela teve um tumor chamado GIST, raríssimo, com incidência anual em 0,3% dos casos registrados de câncer no mundo. Não bastava ser raro - o que dificulta e impede toda a pesquisa científica já que não há mercado consumidor -, é super agressivo. E logo, rápido. Não rápido o suficiente para quem tem a doença ou para quem acompanha. Mas veloz para conseguirmos, à velocidade humana, detê-lo.


Voltando: doenças degenerativas não deveriam existir. Ou os neurologistas deveriam pesquisar mais. Meu vizinho é um senhor de idade. Sempre que ele vai comprar pão e por acaso eu estou lá pela frente de casa, ele para pra conversar comigo e me contar que está com Alzheimer. Ele já me contou 10 vezes. Talvez mais que isso. Na 2a vez eu falei sem pensar que ele já tinha me contado: bola fora total, fiquei triste pois eu deveria ter me tocado disso. As outras 8 vezes reagi com surpresa, mas otimismo (porque todos as pessoas que têm alguma doença grave precisam de outras pessoas, preferencialmente otimistas).

Talvez seja por isso que o câncer não me pegou de jeito. Porque eu nunca me senti como uma pessoa tipicamente com câncer. Pensei de relance que fosse otimismo. Mas acho que foi burrice. Como a crise ortográfica que estou enfrentando agora. Enfim, lembro que chorei no primeiro dia, porque todo mundo chorou e aí eu achei que estava com o pé na cova. Mas depois eu logo me esqueci disso porque meu trabalho na agência me ocupava o tempo todo. Aí comecei a separar as coisas que eu não precisava ou tinha em bastante quantidade, e a distribuir entre minhas amigas, prima, tias e tal... Minha mãe ficava apavorada, coitada! Realmente, era uma atitude imprópria - pelo menos para fazer na frente da própria mãe. Em compensação eu aproveitei para me entupir de M&M´s e todas as porcarias que antes, por vaidade, eu não comia. Eu tinha mais pressa que a doença. Não via a hora daquilo tudo passar. Cirurgia, internamentos, isolamento (sim! eu fiquei isolada heheh, pois meu tratamento consistia na ingestão de iodo radioativo... e quando você toma este iodo, fica em isolamento num quarto revestido por chumbo e, mesmo que você tenha um ataque cardíaco lá dentro, nenhuma enfermeira pode entrar, a não ser o médico, numa roupa de astronauta... não foi o caso) e toda sessão de exames e contra-exames e aplicações que são chatas pacaraiiii... Bom, tudo isso pra dizer que eu não me sentia doente. Talvez porque eu seja rasa de tão burra.


Bendita seja!


Nelson Rodrigues


27 de jan. de 2009

TONHO CROCCO

com Ultramen ou sozinho, é muito bom.

Auto-confinamento

De vez em quando eu faço dessas.
De vez "em sempre".
Meus amigos sabem disso. E são tão amigos que ainda sabendo desta minha característica tão egoísta, continuam amigos.
Nem eu sei o motivo.
O que eu faço, e que todo mundo sabe, é entrar no meu casulo e ficar algum tempo.
Eu entro em quarentena social, emocional. O período sabático.
Agora é mais fácil me achar por causa do msn.
Mas nem todos têm.
Nem todos têm meu orkut: outra evidência de minha síndrome. Como me achar pelo nome do meu cachorro fã do Led Zeppelin?

Eu sou um caso de intensa terapia. Reconheço. O Dr. Menyr, "o terrível", também reconhece. A última vez que discutimos isso - aliás - em que ele discutiu e brigou comigo, eu me isolei: dele.
Mas agora já estou ensaiando voltas. Ele sabe.
Se não tivesse entrado novamente na caverna, já teríamos conversado.

Bem, eu não sei porque entro nestas fases de me relacionar apenas com o necessário: os amigos invasores, a empregada, o pessoal da agência, poucos familiares e, obviamente, meus cães e gatos. Além, é claro, do gerente do banco.
Infelizmente até nos meninos das bandas dei o cano - nos shows. Mas claro, na circunstância em que minha presença só serviria de platéia, não seria nada comprometedor. Tenho estes períodos introspectivos. Não, não sou bipolar. Só que tenho esta tendência.

Nesta fase, os livros ao lado da cama que temporariamente ocupo (sim, eu sou hóspede em minha própria casa. Às vezes faço a sala de tv de dormitório. Outras, o quarto de hóspedes - onde estou hospedada há quase 20 dias-, muito raramente meu próprio quarto...) vão se empilhando numa montoeira de leituras diversas. A cada dia aumenta a pilha, porque nestas fases os livros me fazem companhia.

Eu sou esquisita mesmo. Tenho fases. Aliás, nunca fiz uma análise observando se estes períodos de reclusão coincidem com que lua. Tem gente que leva estas coisas a sério. E é por causa deste tipo de gente que lemos notícias como: consumidores de sucrilhos Kellogs´ há mais de 20 anos têm 33,3% de chances a menos de desenvolver a síndrome do pé inchado... O que acho de mais interessante é alguém consumir o tal produto religiosamente durante tanto tempo; o outro alguém observar e abstrair alguma informação (geralmente inútil) e outro tanto de gente consumir sucrilho de mentirinha e se tornar percentual de efeito placebo... Enfim, divaguei...

Será que mais alguém é assim?

26 de jan. de 2009

Uma decisão importante no dia de hoje

Hoje tomei coragem e entrei no ateliê da minha mãe. Depois de 4 anos. Depois de várias passadas em frente. Depois de várias vezes em que fiquei a olhar fixamente para o imóvel fechado. Depois de ensaiar muitos dias um "hoje eu vou" e sempre, ao chegar no cruzamento principal... passar adiante.
Hoje aconteceu quase a mesma cena. Eu passei. Vi o ateliê aberto. Vi o Hélcio - grande amigo da minha mãe e artista plástico talentoso - e vi alguns homens colocando, no lugar da antiga e grande porta de folhas duplas, um enorme vidro trasnparente. Passei a velocidade devagar o suficiente para observar tudo isso e não parar. Mas, 30 metros a frente, resolvi voltar.

Parei o carro no lugar de sempre. Gritei a mim mesma para não pensar e simplesmente agir. Entrei, pulei vigas no chão e chamei pelo Hélcio. Quatro anos mais tarde, nos abraçamos e enchemos os olhos de lágrimas. Eu me segurei para não chorar porque sabia que aquele choro tardaria a me deixar. Conversamos. Diálogos impertinentes, desconexos, o inacreditável surgindo a todo momento.

O ateliê estava mudado, maior. Agora é uma cooperativa de artistas. Os amigos de minha mãe. Vi alguns trabalhos novos do Hélcio. Modernos, ousados, de cores harmoniosas. Ele disse que iria levar para avaliação de algum marchand, para ver se era "comercial" (artistas precisam sobreviver e por vezes, pintar não o que gostam, mas o que o povo compra).

Aprendi com minha mãe, assim como muitos filhos de artistas plásticos, que no geral as pessoas preferem as artes sem intensidade, sem paixão, mais simples, como as naturezas mortas que eu odeio. Minha mãe mesmo era uma excelente anatomista, porém este tipo de arte não é comercial, pelo menos não para a maioria das pessoas. Desse modo, como seu talento tinha inspiração em Caravaggio - o mestre da luz e das sombras -, ela passou a brincar com formas dentro deste conteúdo.

Enfim, para não divagar, a grande notícia de hoje é que eu posso dizer que "ainda somos os mesmos, e vivemos, como nossos pais..." e aceitei o convite do Hélcio para retornar à pintura. Volto às minhas origens e fico mais próxima à minha mãe. Dos seus amigos. Do seu ambiente. Do seu melhor.

25 de jan. de 2009

My so called dog life

Não é novidade. Eu sou publicitária.
E nestes meus 13 anos de carreira, já fiz e vi de tudo.
Já atendi contas (contas = clientes, pra quem não é da área, como meu amigo guitarrista Ricardo que achou q era conta de banco) de diversos segmentos. Fiz pós em varejo na Usp e realmente gostei muito da área. Nervosa, estressante e tal. Entre este e outros clientes do mesmo setor, fui parar em telecomunicações.
Pra meu espanto, amei. Passei a assinar até o Teleco - boletim técnico diário da área...
Entre umas e outras, assumo a carteira do inferno este ano:
- 1 multinacional italiana, fabricante de linha branca (ou linha inox hj em dia), mercado de luxo. Chato pacarai... Zilhões de especificações técnicas nos catálogos. Super-hiper-segmentado e com um pezinho bem tímido do varejo...
Peguei o bonde andando... Já estavam na 20a refação de uns folders... Uns folders chatos pacarai, refratários, cheios daquelas siglas que só servem pra proteger o anunciante de erros de impressão, tipo modelo XYZ90Q7... texto que não acabava mais... fonte frágil em fundo escuro pra consumidor com mais de 40 anos... Catso! Uma droga!
Graças a Deus tenho maturidade suficiente pra entender que meu negócio é comunicação, percepção, emissão e recepção, porque se vc começa a enxergar muito pelos olhos do cliente, se contamina com o jargão técnico e a peça, qq q seja, vira uma droga... Como dizem, o óbvio é que é o difícil.
Enfim, já na 1a reunião eu falei pro sujeito (e o sujeito era temido na agência, tido como chato, exigente e blábláblá...mas como gente, pra mim, é tudo igual...) que não entendia mais da metade do que estava naquele catálogo. Que a peça era árida, dura e desinteressante. Enfim, mesmo sabendo que grande parte das informações estavam lá porque ele quis, eu tinha a obrigação profissional de expor meu parecer.
E não é que eu caí nas graças do cliente? E na desgraça do dono da agência, meu grande amigo? Bom, foi um quebra-pau nas internas, mas a peça está sendo reestruturada.

Aí me entregaram outra carteira: Puc. Ok. Só que junto a ela, mais 16 colégios maristas. Porra! Então são 17 contas. 17 clientes e só duas assistentes pra me ajudar? Sem contar que o cliente (ou "os") são daqueles que começam a trabalhar às 8h da manhã. Todo mundo sabe que eu não consigo acordar cedo. Não dá. É mais forte que eu. Mas isso faz parte e sempre sobrevivi assim, suplantando esta deficiência por bônus muito mais valiosos...
Mas o problema continuava... 17 contas. De colégios maristas. Sem condições. Se eu não me apaixono, não rola.
Aí veio um cliente lá de trás, diretamente do Twilight Zone... porra!! os caras inventam uns produtos esotéricos, tipo os Supergêmeos ativarrrrrrrr... forma de balde de gelo e forma de gaivota... sáca? Você esperando um negócio do outro mundo e vem aquele "angu de caroço" pra vc enfeitar??? Ahhhhhhhh cacilda....

Hawaiiiiiii

Esta informação é de utilidade pública: o cérebro não distingue o real do imaginário. Por isso, sentimos medo ao assistir filmes de terror e suspense...
Td bem, vc não sente medo... Mas o coração dispara quando a mocinha do fime está para ser descoberta pelo vilão...
Bem, isso tudo é pra dizer que, como diz Toni Garrido, "o pensamento... eu ando o mundo sem sair do lugar..."
Quando tem um cliente bem chato na minha frente, falando sobre as características técnicas de seu produto super-chato... aquelas que ele já repetiu detalhadamente a cada reunião, eu consigo fazer cara de interesse mas minha mente voa até o Hawai, ou até qq lugar prazeroso onde este sujeito se transforme num grãozinho de areia que eu... tchummmm... assopre...

16 de jan. de 2009

Nossa... como janeiro é um mês bonito em Curitiba...
Sol, calor, pessoas alegres pra fora de casa, confraternizando o bem-estar geral, cervejinha, amigos novos e velhos, roupas coloridas e curtas...
Seria bom, não fosse grande mentira.
Uma cidade que tem a primeira sílaba sinônimo de .... esperar o quê???
Isso mesmo: chuva todo dia, frio de manhã, fim de semana cinza, segunda-feira ensolarada.
Que guardar roupa de frio e cobertores! Isso, aqui, não pega!
E tenho dito.
Chove em Barcelona, tia ciróba!

15 de jan. de 2009


Janeiro é o mês purgativo

Gente, quem???, sendo trabalhador, classe média e tendo conta em banco, pode sobreviver neste país em janeiro??? A não ser, sendo político.
Quero que o carteiro esqueça onde moro. Chega de tensão na caixa do correio!!!!
Não aguento mais tanto IPTU, IPVA, taxa disso e daquilo, renovação daquilo outro... Quem pode manter o espírito de natal por muito tempo, deste modo???
Não é possível.
Esta merda deste país com este bosta analfabeto que nos governa e só fala besteira para o mundo todo ouvir... Sou brasileiro e não desisto nunca o cacete! Brasil, ame-o ou deixe-o.. ou tô tentando esquecer que sou brasileira... O país com a maior taxa fiscal mundial... Nisso somos recordistas. O país das desigualdes, das diferenças e de Gérson. Eu quero ser amiga do Gérson, assim tem sempre um jeitinho.
Aqui, até os estudados conseguem virar burros de uma hora pra outra... Claro, que diferença tem para o analfabeto do Lula saber se o acento na paroxítona aberta caiu ou não, já que ele não sabe escrever???
Janeiro é de foooooooooooddddddddd.........
Impossível... Este é o cenário mais adequado para um estudo darwiniano... só os mais fortes sobrevivem..
E se eu resolver ignorar todas as minhas contas? Se eu resolver ignorar todos os tributos? Que acontece? Se eu for amiga do Gérson, nada, pois ele possivelmente dá um jeitinho de fazer tudo parecer que não existiu... Mas sendo um brasileiro comum, classe média, recém elevado à categoria de semi-analfabeto (e nem sei e já nem quero saber se é com hífen ou não...) pela reforma ortográfica??? Possivelmente terei problemas, crédito suspenso, nome no Serasa, SPC e o catso!
Enfim, pelo menos não sou refém de cartão de crédito que, por preguiça, nunca liberei.. E nem de cheques por aí que, por convicção, não uso há algum tempo...Mas de que adianta, se sempre existirão formas de meterem a mão no bolso da gente???
A Fer, minha amigona de coração, tá uma arara comigo porque ela marca e eu, na opinião dela, dou o cano. Não adianta tentar explicar porque eu não apareço mesmo, mas é porque o tal do dono da agência deve ter escrito o roteiro daquele trash movie de horror "Pague para entrar, reze para sair!", porque é assim que as coisas funcionam naquele local. Ele é meu brother mas não é por isso que eu tenho que perder todas as minhas outras amizades e nem por isso, também, eu quero ficar grudada nele 24h. Nem que ele fosse o Rodrigo Santoro. E aí a Fer está uma FERA e já me xingou de diversos tipos de palavrões - o que prova sua cultura geral - e acredito que em outras línguas também (já que existem palavras novas uhahaha!). Enfim, agora estou com medo de encontrar com a Fer porque vou ouvir um monte e eu aliás tinha que entregar o presente de natal dela de 2007 que ainda está no porta-malas do meu carro... Mas isso não significa que eu tenha intenção em dar o cano na Fer, mas que eu tenho um chefe que me atrapalha muito e porque a dita cuja da mulher dele resolveu viajar para a praia - o que é uma droga, já que quando ela está em Curitiba, pelo menos ele tem que chegar cedo em casa e não me enche tanto o saco!

Ninguém vai ler isso mesmo, mesmo (viu dque)

Repetindo a frase de um amigo virtual q gosto muito... ninguém vai ler isto aqui mesmo...Segundo ele, antes de escrever a mesma frase em seu blog, encontrou-a em outros 5.
Mais o dele, 6. Com o meu, 7.
Mamãe já não está aqui. Ela sim seria garantia de que eu não entrasse na classificação TRAÇO de audiência. (Se interessa, o que eu creio que não... apesar de lembrar que estou falando com ninguém, pois como disse meu amigo virtual Dani do dque.blogspot.com e mais os 5 blogs que ele leu... ninguém vai ler mesmo isto aqui!). Então pra quem estou escrevendo? Pro meu alter-ego?
O Traço na audiência é a representação de uma amostra inexpressiva, para não dizer nula...
Enfim, minha mãe seria garantia de audiência, apesar de que eu não poderia confiar muito na opinião dela... pois todos os filhos sabem que opinião de mãe não conta... Não conta, não porque não é sincera, mas porque é distorcida. Mãe é antes de tudo fã. Então, não tenho mais fã. Pelo menos neste plano, nestas 3 dimensões que minha perceção tacanha é capaz de perceber...
Enfim... do que estava mesmo falando?
E para quem? Para ninguém...
Então, já que ninguém vai ler a merda deste texto, não preciso me preocupar com a reforma ortográfica e se as palavras que estou escrevendo estão na forma certa ou errada. Aliás, nem preciso evitar usar os gerúndios que eu odeio pois já que este blog é para ninguém, eu poderia cometer um suicídio virtual que ninguém iria impedir...
Mas aaaaaaaaaaaaaa.... hoje o que teve de legal no meu dia foi que a Loló deu cabo de umas dez carolinas que a tia Catarina tinha comprado... que demos umas voltas legais... que minha prima fez um au-au muito do bão (como tudo q ela faz, mas o que adianta elogiar se ninguém, nem mesmo ela, va ler este blog???)... e por fim consegui assistir a novela inteira, sem me coçar de impaciência... Ahhhhh, e ainda ganhei uma calça super-massa da Gisah e não achei a massa corrida para minhas artes... e sucumbi à Coca-Cola... e fiz dieta até às 20h30 e depois compensei para pelo menos 3 dias.
E estou sem carregador de celular pq esqueci o meu na agência e rezo para que ninguém tenha dado um finalmente nele pois é um blackberry e cada vez perco mais as coisas, apesar de colocar sempre coisas maiores como sinalizadores dessas coisas...
E eu ia contar mais alguma coisa, mas como disse meu amigo virtual dque.blogspot.com, ninguém vai ler mesmo isto aquiiiiiiiiiii
Deve haver alguma explicação para eu ser tão atrapalhada.
Mas não quero passar a vida tentando entender isso. Mas como isso é recorrente, eu perco grande tempo tentando achar a tal explicação. Deveria ser mais fácil. Talvez seja, mas o fato de eu ser atrapalhada deve atrapalhar a percepção da tal razão para meus atrapalhos.
Seria trágico, não fosse cômico.
O que eu mais quero é fazer a linha Nouvelle Vague. Hããã??!! Que lindo... Mas estou mais para Vera Cruz e Atlântida que para qq coisa assim meio blasé.
E tenho dito, Patrick!

Para Steven Jobs, com fé


12 de jan. de 2009

Cuida do teu jardim...


Estava eu a arrancar mato entre as pedras de meu jardim e a pensar...

Sim, esta atividade de "senhouras" imperiais faz-me um bem danado. É preciso manter contato com as origens. Não que eu tenha algum antepassado jardineiro, mas essa coisa homem-terra-planetaágua faz-me falta. Sou, todos somos, índios.

Então essa descoberta, não muito velha para mim, é das boas.
Esta atividade não interfere em nada, em coisa nenhuma. Nem eu fico mais rica. E nem faço a roda capitalista girar.

Mas colocar a mão na terra, retirar até a raiz de capinzinhos perniciosos que brotam sorrateiros entre meus seixos branquinhos, proporcina pequenas sensações de vitória... e depois tem o mato, que é praga, e como toda boa praga (já que não existe praga ruim, pois pra vingar tem que ser boa) é difícil de retirar... Logo estou com uma faca de cozinha a fazer incisões cirúrgicas na terra, até encontrar a maldita raiz e extraí-la, sem dó...

Confesso que no início eu até senti pena... Como na época em que sofri de uma grave crise de empatia mundial e me toquei que não restava mais nada a comer, a não ser água, em seu vários estados... Já que alface também tinha vida... e que provavelmente ela cresceu com promessas de um futuro melhor - e não para ser arrancada e terminar envinagrada numa tigela qualquer... Bem, consegui conter este pensamento, já que não havia mais ninguém a querer compartilhá-lo...

E fiquei a me desestressar em meu pequeno jardim. O único de minha casa em que me meto à besta. As demais áreas são matas densas e fechadas, onde somente um Rambo armado com boa cortadeira divertiria-se. E deixo isso para os homens. Pois confesso que sou partidária do conceito de que existem trabalhos que são para homens, e outros para mulheres...

Enfim, fiz o primeiro "L" do retângulo. Ainda faltam mais 3. E quando eu for para o meio, o primeiro já estará querendo me provocar. É a vida... Não há mal que sempre dure. Nem bem que nunca se acabe.

Não sei se vou suportar tanta carne vermelha

Minha semana Yin começou quente... pelo menos no que diz respeito ao dever de comer carne...
Fui almoçar com uns amigos de uma revista e pedi "mini-mignon au poivre". A minha idéia de tamanho e a do garçom são incompatíveis. Seu "mini"...pra mim, equivaleria a um big...
Todos pediram pratos garbosos...e quando todos haviam terminado, eu ainda empunhava minhas armas contra a carne sangrenta que se estendia à minha frente...

Acho que anos de vegetarianismo fizeram meus dentes perderem sua função "triturador"... Mas enfim, por enquanto não senti nada, além da cintura da calça inchada...
Não sei se levarei isso adiante.
Ou se trocarei por Danoninho. Afinal, "danoninho vale por um bifinho"...
Estou na semana - e por quê não?? - no ano das experiências.

2009 será meu ano Dexter. O ano de Patricia no laboratório de Dexter.
Se eu puder, ao menos, resgatar o sabor das descobertas... já serei muito feliz!

Há tempos não me surpreendo com nada. Pelo menos com nada "excelente".
Nem com as cuecas demigays de um falecido namorado eu me surpreendi. Ri. Só isso. E dei graças a Deus quando a misericórdia Divina providenciou um final adequado para nosso relacionamento...Não, o dito cujo não morreu, mas quem poderia levar adiante uma relação com um ser que usa cuecas menores e mais estampadas que seus próprios biquinis...

Tenho sentido muita ansiedade. Em viver e fazer mil coisas ao mesmo tempo. Mas, como o teste da internet lançou-me no mundo dos Yins, é provável que eu não conclua metade do que penso.

Mas quem sabe com a tal carne vermelha...porque tenho urgência em viver. Em fazer. Em conhecer. E após dormir, muito pouca urgência em levantar!

Tenho que agradecer aos meus amigos que, mesmo antes de eu descobrir ser Yin, sempre foram compreensivos com as minhas ausências ou promessas não-cumpridas. Porque, realmente, quando prometo alguma coisa, tenho intenção de ir... mas até a coisa acontecer...
E como dizem, eu sou meio "pau-de-enchente" (aquele galhinho que vai se enroscando em todos os cantos que passa), o que faz com que eu demore mais que o normal.

Cest´la vie!

e foi-se a primeira semana de 2009

E eu ainda não perdi velhos hábitos de 2008... adquiridos há muito mais reveillon que imagino...Hoje fiz um pseudo-teste de internet para saber que diabos era Yin e Yiang e, finalmente, para saber qual dois era eu... Prometi ser sincera nas respostas e percebi quanta coisa errada eu faço, por vergonha das próprias respostas que somente eu e um programa de computador, iríamos conhecer...

Eu, a super powerful woman, sou yin... isso significa que sou preguiçosa e não como carne vermelha. Além de fazer pouco exercício. Bom, devo dizer que a 1a providência eu já tomei: comi carne vermelha hoje... Não sou apreciadora desses hábitos jurássicos por não gostar do paladar de uma carne morta e por ideais que não vêm ao caso... Mas enfim, comi a dita cuja.

Daqui a uma semana, espero estar mais yiang. E mais intoxicada. E com a pele menos pura. Porém com mais vontade de fazer exercícios... Vamos ver...

Esta será a semana Yang.

Minha prima escreveu um depoimento sobre mim onde perguntava onde estaria a"boca" que não engolia desaforos - a minha boquinha... talvez, fora tudo o que aconteceu e q todos já sabem, o problema pode ser o fato de eu ser Yin...

Fora isso, um outro sublink me levou a alguma coisa que recomendou que eu usasse mais cores como vermelho e azul... Tá bom. Faremos um esforço. Não são cores frequentes em meu guarda-roupa (pelo menos para os dias civis...), mas irei me policiar...

Depois disso, só amanhã...

Adeus colegas espartanos. Viva a semana nababesca!