24 de jul. de 2009

Poliamor

Você que é super antenado e lê qualquer bobagem que cai no seu colo, já deve ter ouvido falar em poliamor...
Há 2 correntes sobre o tema. Aquela que enrola, disserta e no final arranja justificativas para o chamado casamento aberto e outra, que se apega no contexto psicológico da questão, suas implicações e desdobramentos.
O tema tbém não é novo. Deve existir desde sempre. Ou desde que Adão e Eva resolveram comer do fruto proibido e inventaram o estranho-próximo chamado vizinho.
É daí que surgiu o ditado "a grama do vizinho é mais verde"...enfim...
Poliamor no significado mais platônico, é o amor Frankestein, feito de pedacinhos de várias pessoas.
Não é possível que o ser amado venha sob medida. Então, como estratégia de sobrevivência neste mundo virtualmente horizontalizado e distante, tornamo-nos próximos de gente muito longe e distantes de gente muito perto, simplesmente pq gosto de conversar com o Zé, mas me divirto saindo com o Rafa, enquanto cumplicidade de segredos tenho mesmo com o D., embora sinta atração imensa pelo T. É isso e para nisso. Mas o fato de o T. provocar taquicardia no meu peito não faz com que eu fique cega aos encantos do C. e, invariavelmente, caia em tentação. Muitos. Muitos e nenhum. E por mais que eu conseguisse ter um namoro sério e apaixonado com T e por conta disso meu tempo estivesse mais dedicado a ele, sempre existirão coisas que somente D., q é meu amigo e irmão, poderiam ouvir, pois quando eu supostamente terminar a futura relação com T., D. ainda e sempre existirá. E T., no entanto, nem sequer pode sonhar em sentir ciúmes de D., pois a relação com D. é fraternal e, portanto, mais forte que a mera carne. Entenderam? E ao longo da vida vão surgindo outras letras neste alfabeto amoroso. O fato de uma se tornar mais importante que a outra é o encaixe entre o que se busca e o que ela pode oferecer. É difícil esta sintonia, mas existe.
Eu, por alguma razão despejada em meu porão, procuro transformar todas as letras em amigos. Minha experiência de vida deu-me amostras que estas coisas do amor não dão muito certo comigo. Ou pelo menos não são feitas para serem eternas. Que seja eterno enquanto dure, como disse V.M., e como um amigo é situação incondicional e todo o amor de uma vida pode se transformar no seu maior inimigo, adotei a estratégia de transformar todos os possíveis "prospects" em amigos.
Eu não pretendo ter 1 milhão de amigos como RC, mas já estou chegando perto disso. Apesar de detestar a popularidade. Pq? Pq toda unanimidade é burra, já dizia NR.
E como sempre diz meu caro amigo D, por que vc resolveu pensar nisso agora???