20 de ago. de 2009

mais uma vez, amor

E foi assim
de uma sensação tão desoladora
devastadora
daquelas que não se tem a quem recorrer
nem colo de mãe, nem ombro de amigo
insuportavelmente presa dentro de uma esterilidade romântica
a incapacidade de ser - tudo o que se quiser ser - menos o que mais desejava
a aceitação platônica do par, do conjunto
do olhar pra areia que rasteja atrás
e encontrar 2 pares de expressões humanas
um casal
esta dor flamejante que arde e lembra que à beira do prepicípio
não se tenta ao menos agarrar, e mais uma vez, se joga
pra não ter que lançar de lá alguém
e nem suportar a emocionante sensação do equilibrista...que a qualquer hora pode cair
ou não
vazio
mergulho no escuro
saudades de uma alegria que se desfaz
porque o monstro, novamente, prevalece ao anjo
tristeza
um quase choro ou quase tudo reprimido, quase vomitado
tristeza mal digerida
congestão