21 de fev. de 2009

O que deu errado em mim, de novo, parte 3

eu sou a versão feminina do Inspetor Clouseau do Peter Sellers
ou o memorável filme dele, um convidado atrapalhado
sou eu, já me conformei
Como disse sabiamente a Carmen, "tem gente que basta existir pra causar confusão"
sou eu (mas a conotação era outra)
eu não causo constrangimento a ninguém, só a mim mesma
tudo começou quando eu cheguei no Babilônia e a Carmen não estava
ela é pontual, germânica
se fosse eu, atrasada, ahhhhh que novidade!
mas ela? bom, esperei esperei até lembrar que eu tinha um celular e nele, o número dela
o óbvio
ela ainda estava em casa e eu disse: tá, eu vou esperar aqui fora pq tá muito calor
não era isso
mas eu precisava de um bom motivo, e alto, pro porteiro, segurança e manobrista não acharem que eu sou estranha
só porque eu não podia me mexer
pra não chamar muito a atenção
mas querer uma coisa, é fazer o contrário acontecer
pra todo lado que eu ia havia luz, muita luz (e nenhum túnel com gente morta acenando)
bem, eu estava com um vestidão tomara-que-caia (nomes...) arrastando pelo chão
como eu sou Gabriela eeee, meus camaradas... na passada rápida pela casa do meu tio, poquinho antes, pra ter liberdade de movimentos (tipo Always) eu fiz o de costume: prendi o vestido nas laterais da calcinha
fica estranho mas e daí? dá pra saber que tá preso na calcinha, mas e daí? Daí que eu desci no lugar com luzes que pareciam o tapete de entrega de algum prêmio, com o vestido preso pelas laterais porque eu havia esquecido de soltar... se vc não imaginou, eu digo: fica muito estranho
aí eu pensei: PQP! q "m...", vou encostar naquele cantinho e soltar o vestido, que não era muito simples, porque o pano tinha um forro que embolou até o meio da minha barriga
cheguei no cantinho (o único cantinho escuro) de costas e já querendo soltar tudo e não vi o outro manobrista fazendo hora, justo ali... o que??? ele achou que eu ia agarrá-lo ou coisa assim, mas dane-se...
tá, saí e esperei no tal banquinho...
cansei de esperar, entrei de lado e fazendo diversos movimentos com minha maxi bolsa pra olharem pra tudo!, menos pra quase burka que eu usava
ahhhhhhh, sentei
onde não podia
putzzzz, a mulher quis que eu fosse pro salão cheio, o central, iluminadíssimo
será que ela não entendeu que meu vestido estava me possuindo????
e fui pra mesa indicada: a primeira que, pra quem entra, é a última
os 5m mais longos do universo
sentei
Carmen vem, Carmen não vem
daqui a pouco vem um torpedo do além, de um número que eu não conheço, com a foto de um cachorro igual a Lolló e um pé
eu demorei pra juntar tudo e respondi: quem é vc? e o que vc está fazendo com uma foto da Lolló? é um pedido de resgate?
Ninguém respondeu e eu esqueci
enquanto isso, a índia aqui aproveitou que a toalha era longa o suficiente pra cobrir meia mesa e, claro, dobrou as pernas sobre a cadeira ao lado, prendendo o pé na madeira da cadeira
ai que bom... até o garçom passar correndo, esbarrar na cadeira e puxar todas nós pra baixo da mesa: eu, minhas pernas, meu pé engatado na madeira e a cadeira
q coisa. devia ser proibido levantar depois duma cena dessas.
Carmen loira, alta, olhos azuis e ofuscantemente linda chega e aí foi tudo bem até eu voltar pra casa
que estava escura quando deveria estar tudo claro (aceso!), com a chave geral de luz mexida e eu acordar meus tios e chamar a polícia
que demorou sei lá, 40minutos...
era pra eu ficar fora de casa,esperando
mas cansei, entrei, não vi ladrão nenhum, esperei a polícia enquanto falava com o Dani no msn e isso é mais um dia na minha fácil vida nada mole, ou coisa assim
e eu ainda acho isso tudo um tédio

2 comentários:

d disse...

um dia com emoção é assustador mesmo

Carmen disse...

Então Patrícia, agora comentários no blog e não mais e-mail e telefonemas....