26 de fev. de 2009

Sem graça nenhuma

Hoje não tem graça nenhuma. Nem tem continuação de historinha. A não ser que o Aurélio melhore. Ela chegou a conclusão que seu emocional não está mais pra isso. Se pudesse voltar no tempo, como geralmente ocorre a quem viveu tempo suficiente pra querer voltar atrás, não amoleceria ao 1o olhar.
Quem gosta muito, sofre demais, é óbvio. Quem gosta muito de bicho, sofre duas vezes: uma vez, que é naturalmente. A segunda, que é porque as outras pessoas não entendem.

Marco Aurélio, Aurelinho ou "Lelinhooo!!!" é seu gato amarelo de 10 anos. Ou 9. Ele não é um gato velho. E nem ela o ama como se ele fosse um gato, um velho, ou um gato velho.
Ela o ama como ama as coisas que ama demais. Passou a noite toda dormindo com ele. Não que isso fosse incomum (quem tem gatos sabe o quanto são carinhosos), mas o que faz de Aurélio especial, é o fato dele pensar que é um cão. Como Loló e Platão. Só isso explica o fato dele seguir a dona por todos os lugares, responder prontamente e morrer de ciúmes dos cachorros da casa. Todos dizem: nunca vi um gato tão apaixonado.

Como ele estava esquisitinho e se enfiou por baixo da cama, ela resolveu, solidariamente, dormir no chão, ao lado do gato, quase embaixo da cama também (coisa que não fez porque não caberia mas, sobretudo, porque é claustrofóbica). O gato continuou apático e ela deixou o hábito de lado e levou-o ao veterinário logo cedo.
Que mau pedaço...O gato está ruinzinho. É coisa recente. Dr. Humberto quis interná-lo. Após conversar longamente com a dona, Lelinho cedeu. A dona já sabe que nestes casos não adianta ficar parada, esperando - já fez muito isso. E resolveu fazer o que tinha que ser feito. E já estava combinado antes com outras pessoas, porque, afinal, ninguém tem nada com isso.
Por isso não está pra graças hoje. Num momento de pausa contou-me o que aqui relato. Talvez o fato de contar ao blog, a distraia um pouco, enquanto espera mais um tantinho pra sair. E enquanto isso, espera poder visitar o gato antes que o dr. Humberto telefone.
Mas seu coração está na mão.

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