15 de ago. de 2009

estradas

eu não sei
eu não sei em que momento nos perdemos de nós mesmos
mas isso acontece muitas vezes na vida
algumas, e pra algumas pessoas, essa perda é sem volta
e aí a gente perde a vocação, e vive uma vida que poderia ter sido MAIS

algo que não pode se recompor, caquinhos daqueles vidros que nunca mais podem se colar
é como pegar o caminho errado para o infinito
às vezes eu pego esta estrada
por mais tarde que seja e não importa quão longe eu já esteja
ainda encontro fôlego, e pernas, e uma bússola enganosa que me leva de volta à minha essência...

essência, instinto...coisas tão fortes
quanto amores de alma. amores que não sabemos explicar. amor de pai, mãe, filho, amigos de vida
faz lembrar sempre a fábula do escorpião, do elefante, do rio
e que no final, embora triste com sua própria natureza, o escorpião simplesmente não tem como evitar...e satisfaz seu instinto
instinto x natureza

é nos momentos de fraqueza, empolgação cega, ilusão
nos momentos de distração é fácil pegar o caminho errado
as armadilhas se fazem de promessas, promessas e cenários...telas pintadas de aquarela vagabunda,
que reaproveita outra tela acrílica

mas a volta, o retorno, a volta...
é tão pleno, denso, satisfatório
renovador
que pode ser difícil...doído, mas reconfortante

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